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DICAS SOBRE BIGAMIA NA REPRODUÇÃO DE CANÁRIOS?

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DICAS SOBRE BIGAMIA NA REPRODUÇÃO DE CANÁRIOS? Empty DICAS SOBRE BIGAMIA NA REPRODUÇÃO DE CANÁRIOS?

Mensagem por Paulo B Qua 12 Mar 2014, 19:58

Boa noite amigos, como sou novato em relação a criação de canários vou perguntando e tirando minhas dúvidas com vocês, estou lendo todos os artigos do fórum e vi alguma coisa sobre bigamia e como vai me sobrar umas femêas estou pensando em fazer a bigamia. Mas ai vem a dúvida em relação a isso, como não tenho gaiola especifica vou improvisar mas gostaria de saber se as femêas podem se ver ou devo coloca algo como um papelão para não se verem e qual dica e trocar o macho de meio em meio dia ou esperar uma femêa botar os três ovos e depois passa-lo o macho para outra femêa.....
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Mensagem por MARTÍN Qua 12 Mar 2014, 20:43

Olá Paulo boa noite.

É isto ai amigo tendo duvidas temos  que perguntar, eu mesmo já tive no passado esta mesma duvida que foi prontamente respondida por amigos na net.

Então é o seguinte.......Eu aqui não impeço que elas se vejam somente para casos de gaiolas próxima em que observo que esta tento um stress entre elas ex. ficam piando constantemente pulando na grade dando sinal que gostaria de agredir a outra ave, ficam andando de um lado para outro na lateral que fica próxima a outra gaiola...... ai sim faço.

Já a troca do macho eu aconselho caso seja apenas duas fêmeas, coloque o macho na parte da manha com uma e no almoço passe para a outra gaiola, para o caso de alguma se aprontar antes, deixe o macho ate o terceiro ovo e apos coloque ele com a outra.

Para machos utilizado em bigamia dificilmente eu deixo ele tratar dos filhotes, aqui ja cheguei a utilizar um macho para 3 fêmeas.
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DICAS SOBRE BIGAMIA NA REPRODUÇÃO DE CANÁRIOS? Empty Re: DICAS SOBRE BIGAMIA NA REPRODUÇÃO DE CANÁRIOS?

Mensagem por CRIADOURO GOUVEIA Qua 12 Mar 2014, 20:44

BOA NOITE PAULO , PELO QUE ENTENDI VC VAI DEIXAR CADA FEMEA EM UMA GAIOLA E PASSAR O MACHO NAS DUAS CORRETO ?

EU JÁ FIZ ESSE PROCEDIMENTO EM MEU CANARIL , TENHO POR COSTUME DEIXAR UM TAPUME EM CADA GAIOLA DE CRIA , DEIXANDO A PARTE ONDE FICA O NINHO ESCONDIDA DA GAIOLA AO LADO INDEPENDENTE SE FAÇO BIGAMIA OU NÃO .  TAMBÉM JÁ FIZ BIGAMIA COM DUAS FEMEAS NA MESMA GAIOLA COM UM BOM RESULTADO , MAS FIZ EM DUAS GAIOLAS ACOPLADAS .

EU SEMPRE TROCAVA MEU MACHO TODO OS DIAS PELA MANHÃ , DEIXANDO DE PASSAR APENAS APÓS O QUARTO OVO . O MACHO FICAVA COM A FEMEA QUE MENOS TRATA OS FILHOTES OU SIMPLESMENTE ESCOLHIA A CRIA QUE EU ACHAVA MAIS INTERESSANTE .TUDO [E UMA QUESTÃO DE TENTAR E OBSERVAR , E COM SUTILEZA E OBSERVAÇÃO ADEQUAR O MANEJO A SUA NECESSIDADE  E DISPONIBILIDADE DE TEMPO
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Mensagem por MARTÍN Qua 12 Mar 2014, 20:54

Sandro sobre deixar o macho ate o quarto ovo eu acho desnecessário, sempre deixo apenas ate o terceiro, isto faço por ter lido no livro "Eliane Seixas" em que irei citar abaixo.

Eliane Seixas escreveu:Sempre que uma fêmea puser o terceiro ovo, o macho não precisará mais ser utilizado, já que os próximos dois ovos já estarão fecundados.


Pois bem, chequei a marcar os dois últimos ovos (no caso de uma que bota cinco) e nascerão por incrível que pareça o primeiro que não nasceu.
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Mensagem por Paulo B Qua 12 Mar 2014, 21:00

CRIADOURO GOUVEIA escreveu:BOA NOITE PAULO , PELO QUE ENTENDI VC VAI DEIXAR CADA FEMEA EM UMA GAIOLA E PASSAR O MACHO NAS DUAS CORRETO ?

EU JÁ FIZ ESSE PROCEDIMENTO EM MEU CANARIL , TENHO POR COSTUME DEIXAR UM TAPUME EM CADA GAIOLA DE CRIA , DEIXANDO A PARTE ONDE FICA O NINHO ESCONDIDA DA GAIOLA AO LADO INDEPENDENTE SE FAÇO BIGAMIA OU NÃO .  TAMBÉM JÁ FIZ BIGAMIA COM DUAS FEMEAS NA MESMA GAIOLA COM UM BOM RESULTADO , MAS FIZ EM DUAS GAIOLAS ACOPLADAS .

EU SEMPRE TROCAVA MEU MACHO TODO OS DIAS PELA MANHÃ , DEIXANDO DE PASSAR APENAS APÓS O QUARTO OVO . O MACHO FICAVA COM A FEMEA QUE MENOS TRATA OS FILHOTES OU SIMPLESMENTE ESCOLHIA A CRIA QUE EU ACHAVA MAIS INTERESSANTE .TUDO [E UMA QUESTÃO DE TENTAR E OBSERVAR , E COM SUTILEZA E OBSERVAÇÃO ADEQUAR O MANEJO A SUA NECESSIDADE  E DISPONIBILIDADE DE TEMPO

Sim, vou passar o macho de gaiola para outra gaiola o que acha....
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Mensagem por Adriano Silva Qua 12 Mar 2014, 21:40

Boa noite!amigos do universo dos canário,e no caso de usar 3 fêmeas, como pode ser feito o procedimento na hora de tirar o macho pra por com outra fêmea?
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Mensagem por MARTÍN Qua 12 Mar 2014, 21:47

Olá Adriano eu faço assim.....

Pela manha coloco o macho com a 1ª Fêmea
Na hora almoço coloco com a 2ª Fêmea
E a noitinha com a 3ª Fêmea

Veja que com a terceira ele ira dormir e acordar pela manha ira galar ela, quando eu acordar eu passo ele para outra e assim por diante.

Abraço.
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Mensagem por Adriano Silva Qua 12 Mar 2014, 23:18

Martim.

Obrigada pela explicação !
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Mensagem por GARUTTI Qui 13 Mar 2014, 10:29

BOM METODO MARTIN
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Mensagem por CRIADOURO GOUVEIA Qui 13 Mar 2014, 13:07

O MÉTODO É BOM E FACIL DE SER APLICADO , SÓ NECESSITA DE TEMPO PRO MANEJO , CONHEÇO CASO DE CRIADORES QUE FAZEM UM UNICO MACHO DAR CONTA DE 05 FEMEAS , PORÉM TEM DE TROCAR MAIS VEZES NO DIA , NO COMEÇO O MACHO VAI SE ESTRESSAR UM POUCO , MAS NO DECORRER DA CRIA VC VAI NOTAR QUE O DANADO VAI FACILITAR A CAPTURA POIS SABE QUE VAI NAMORAR A OUTRA CANÁRIA rs...

O UNICO INCOVENIENTE DA BIGAMIA É A CRIA DOS FILHOTES , NEM TODAS AS FEMEAS CRIAM BEM SÓS , TENS QUE OBSERVAR O COMPORTAMENTO DELAS E  SE PRECISO INTERVIR
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Mensagem por Johnny Pet 13 Ter 18 Mar 2014, 17:12

Já passei o mesmo macho em 5 femeas. 

Mas normalmente uso com 2 ou 3. 

Testei um manejo temporada passada e deu certo.
Coloco o macho com 3 femeas na criadeira, e disponho uns 4 ninhos. 
quando percebo que a primeira femea escolheu o ninho eu tiro as outras, e deixo em outra criadeira, o macho fica com a primeira femea atéa postura do quarto ovo.

depois coloco ele na outra criadeira com as 2 femeas, e espalho os ninho, repetindo o mesmo esquema do primeiro, assim que a femea aprontar, tiro a outra, e depois coloco ela sozinha co o macho.

sempre deixo apenas a femea tratar os filhotes,

Aqui funcionou.
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Mensagem por waldomiro neto Ter 13 maio 2014, 22:18

já vi com sucesso um macho e duas fêmeas na mesma criadeira, cada uma com seu ninho e tudo correndo bem..

porém já vi casos onde vira uma bagunça, uma desmancha o ninho da outra, as duas botam junto e etc..

eu acho que o ideal seria utilizar uma gaiola de bigamia, assim você deixa uma fêmea de cada lado e o macho no meio

e observa qual femea apronta, ai é so tirar a grade..
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Mensagem por DAVI COUTINHO Qua 14 maio 2014, 00:37

Boa noite amigos do Universo dos Canários!


Muito interessante esta matéria sobre bigamia, é uma forma de manejo amplamente divulgada e praticada por quase todos criadores de canários.
Quanto a reprodução, todas as dicas citadas até agora são boas e dão resultados positivos, desde que tenhamos bastante atenção com o manejo e os exemplares sejam perfeitamente sadios, para não multiplicar patogenias que poderão resultar em doenças graves no plantel.

Quanto a qualidade, é importante que tenhamos muito claro onde queremos chegar. 
Se objetivamos o melhoramento genético do plantel, é bom saber que este tipo de manejo exige a escolha de matrizes de excelente qualidade e alguma afinidade genética, para se criar bons filhotes; Já que a bigamia em si não é capaz de promover a evolução genética dos indivíduos, mas sim uniformizar seus fenótipos e genótipos, devido ao estreitamento da consanguinidade.

Uma vantagem desta prática, para quem cria visando campeonatos, é proporcionar mais harmonia aos conjuntos, porque sendo irmãos a possibilidade de fenótipos iguais é bem maior.

Caso o criador não disponha de excelentes matrizes, a melhor opção é a monogamia a partir de acasalamentos nos quais as virtudes de um exemplar possam compensar as deficiências do outro. Desta forma o emparelhamento genético possibilitará a criação de uma parte dos filhotes de qualidade regular, e outra, as vezes até surpreendente, de exemplares melhores do que seus pais.

É assim que a canaricultura evolui...

Um abraço a todos;
Davi Coutinho.
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Mensagem por MARTÍN Sáb 01 Ago 2015, 11:16

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Bigamia com as duas fêmeas e macho na mesma gaiola, observe que cada uma escolheu seu ninho para postura, o segredo desta técnica é que as fêmeas já se conheçam antes mesmo do inicio do acasalamento assim evita brigas tendo que fazer o processo com elas separadas.
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Mensagem por Paulo B Sáb 27 Ago 2016, 09:20

Olá pessoal vou voltar esse tópico denovo porque tenho uma dúvida, coloquei três fêmeas juntas desde fevereiro numa gaiola de bigamia e estão bem acostumadas juntas o macho deixei ao lado durante dois meses e logo após ajutei todos. Coloquei três ninhos sendo uma se aprontou e fez ninho e separei o macho com ela, dai acabei cometendo um erro deixando o ninho das outras e uma começou a fazer ninho também então abri as repartições e deixei todos juntos ai vem a minha dúvida o macho irá galr todas quando estiverem juntas, ou só funciona com duas como nosso amigo Martin postou a foto da criação dele.
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Mensagem por CRIADOURO GOUVEIA Sáb 27 Ago 2016, 09:38

PAULO JÁ FIZ BIGAMIAS PASSANDO O MACHO EM GAIOLAS , BIGAMIAS DE DUAS FEMEAS JUNTAS E BIGAMIA COM TRES FEMEAS JUNTAS , CADA CASO É UM CASO NÃO DÁ PRA GENERALIZAR . MAS UMA COISA EU DIGO QUANTO MAIOR A QUANTIDADE DE FEMEAS JUNTAS MAIOR A CHANCE DE TER PROBLEMAS , SOU ADEPTO DA BIGAMIA ONDE SE PASSA O MACHO EM DIVERSAS GAIOLAS , PORÉM PRECISA DE UM TEMPO MAIOR DE MANEJO .

TUDO VAI DA OBSERVAÇÃO E DAS FEMEAS SE ACERTAREM , CREIO O MACHO CONSEGUIR GALAR A TODAS O PROBLEMA MAIOR MESMO É ELAS SE ACEITAREM QUANDO EM CHOCO OU QUANDO COM FILHOTES .
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Mensagem por Paulo B Dom 28 Ago 2016, 08:30

Obrigado Gouveia pela dica até agora tudo certo em questão de aceitação vamos ver mais tarde.
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Mensagem por José Carlos Pereira Dom 28 Ago 2016, 20:04

Amigos, já estudei sozinho ou em grupos de passarinheiros monogamia. bigamia ou poligamia. Estudar e fazer conceitos sobre comportamento animal é difícil porque sempre apresenta muitas facetas envolvendo meio ambiente, genética e manejo.
Gostaria de chamar a atenção para um aspecto que pouco ou nada é citado, o imprinting. Monogamia implica em imprintar, se me permitem o neologismo, usando macho e fêmea; já na bi ou poligamia  somente a fêmea imprinta os filhotes. Para criação de cor ou porte isso não tem tanta importância, mas na criação para comportamentos como fibra ou canto tem tudo a ver.
Colo um trecho de alguma coisa que escrevi sobre canto das aves que diz respeito ao imprinting.
As mídias, cada vez mais presente na vida das pessoas, traz muita informação. Com os celulares e tablets as pessoas se informam até enquanto andam pela rua e até dirigem autos (?). Agora, para aprofundamento do informado, é essencial ser transformado em conhecimento através de organização, aprofundamento, crítica... Sem isso, tudo será superficial e pouco criará programas e condutas duradouros.
José Carlos.



As alterações celulares, determinadas pelo aprendizado e pela memória, são chamadas de plasticidade, a qual, refere-se às alterações na eficiência das sinapses que podem aumentar as transmissões dos impulsos nervosos e, conseqüentemente, modular o comportamento. Cada neurônio tem participação no comportamento e em toda atividade mental produzindo ou não impulsos elétricos. Para que a memória seja estabelecida torna-se necessário que as células nervosas formem novas interconexões e produzam novas moléculas proteicas.
Portanto, amigão passarinheiro, é essencial os seus pássaros serem estimulados para os comportamentos que você deseja, como cantar qualitativamente ou manifestar fibra, desde o período de filhotes. O bom manejo é essencial.
É certo ser o comportamento animal resultante da interação entre a herança genética e as influências ambientais; há comportamentos determinados principalmente pelo componente genético (inato, do latim “que nasce com”) e outros pelo componente ambiental. Os comportamentos instintivos, essenciais para a sobrevivência física e mental do animal, como o reflexo de sucção dos mamíferos e o abrir o bico pare receber o alimento das aves, são predominantemente programados geneticamente e com pouquíssima influência ambiental; há comportamentos, como pentear os cabelos ou aceitar o uso do encapamento da gaiola, desenvolvidos essencialmente pelo aprendizado. Na realidade para obter comportamento adequado há a necessidade da integração entre o inato e o aprendido, como acontece com os cães de caça que herdam mecanismos para a caça, mas dependem do aprendido com os seus pais, com cães mestres ou mesmo com o homem para executarem com perfeição as tarefas. Os pássaros de canto herdam patrimônio para a execução do canto próprio da sua espécie, além do aparelho respiratório adequado, mas pode melhorar as qualidades do canto ouvindo bons mestres ou CDs.
O  mais fascinante exemplo das influências genéticas e ambientais no comportamento animal é o imprinting, a marca. O imprinting aparece em filhotes de várias espécies animais, sendo muito desenvolvido em aves. Logo que sai do ovo o filhote liga-se (ligação social) ou segue o primeiro objeto que se move, o qual não necessariamente é a mãe. Aqui não poderíamos ficar sem falar um pouco de Konrad Zacharias Lorenz (1903-1989), o perspicaz  e genial zoólogo austríaco, considerado o pai da etologia, que teve como base dos seus conceitos a teoria de que o estudo do comportamento animal somente é válido se for feito no seu ambiente natural e não em laboratórios. Outros postulados básicos de Lorenz foram o de que seria vital a influência do comportamento na seleção natural e, mais controverso, que grande parte do comportamento seria inata. Foi prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1973, juntamente com Tinbergen e von Frisch. Como quase sempre acontece nas grandes descobertas, Lorenz partiu de experimentos simples e de uma grande capacidade de observação: notou que filhotes de gansos de dorso cinzento, criados por ele desde a saída dos ovos, relacionavam-se com ele como se fossem  parentes. Os filhotes seguiam-no por todos os lados e os adultos cortejavam-no em detrimento de outros gansos. Deu ao fenômeno  nome de abbildung (estampa), traduzido para o inglês por imprinting, pois achava que o objeto sensorial, animado ou inanimado, percebido pelo recém-nascido de alguma maneira era imediatamente e irreversivelmente estampado no seu cérebro. O próprio Lorenz descreveu uma qualidade essencial do imprinting: há um período de tempo muito restrito a partir do nascimento para que o imprinting seja efetivo. Lorenz também estabeleceu que há períodos críticos na vida do animal nos quais definidos tipos de estímulos são necessários para o desenvolvimento normal; definiu também que a exposição repetida aos estímulos ambientais (a associação) é necessária, o que, leva-nos a considerar o imprinting como um tipo de aprendizagem, embora com participação inata muito forte. Algumas características do imprinting podem ser explicadas pela necessidade que os filhotes de pássaros têm de procurar e responder, de maneira seletiva, a modelos de estímulos particulares como a silhueta dos pais. Antes de haver o imprinting propriamente dito o cérebro do filhote é capaz de reconhecer os estímulos que deverão posteriormente ser aprendidos, caracterizando um dos componentes inatos do imprinting; também são inatas  as ações motoras que facilitam manter a proximidade do objeto. O aprendizado realiza-se numa base geneticamente determinada e dentro de um período biologicamente adequado. Todo o processo envolvendo herança genética e meio ambiente resultará na seleção natural, determinando o reconhecimento dos parentes com o propósito final do convívio social e da reprodução.
Claro que qualquer criador de animais, inclusive pássaros, deve sempre ter em mente que somente conseguirá êxito seguindo esses ensinamentos: genética controlada e meio ambiente adequado. Enfim, manejo, manejo e manejo. É essencial saber que, por suas condições instintivas, tudo que for marcado (imprinted) no cérebro do filhote o será por toda a vida. Se quiser ter um pássaro de boa qualidade o criador deverá estar atento para propiciar ao filhote, na idade do imprinting, as condições para a marcação das qualidades para as quais dirige a sua seleção. Aí está a importância da matriz, pilar básico do imprinting por estar mais tempo ao lado do filhote durante uma boa parte do período da marcação, principalmente para quem cria em sistema de poligamia. Devemos levar em conta que a poligamia, mesmo com todas as vantagens que possa trazer, é método, na maioria das vezes, antinatural, pois, na Natureza, pai e mãe estão presentes no imprinting da ninhada. Ao adotarmos a poligamia devemos adotar condutas de manejo para tentar compensar a falta do pai nos primeiros dias de vida dos filhotes. O primeiro passo terá que ser o uso de fêmeas com genética e comportamentos positivos para as qualidades a ser selecionadas.
Na Natureza, os primeiros atos do imprinting comportamental visa a sobrevivência dos filhotes (instinto de sobrevivência), reconhecendo os seus pais com a finalidade de defesa contra ataque de predadores; cria-se uma ligação social muito forte com os irmãos e pais. A esse tipo de imprinting alguns autores chamam de filial. Ao mesmo tempo o filhote vai aprendendo as características dos irmãos, criando condições que influenciarão as suas preferências nos acasalamentos quando adultos. Essas duas formas de imprinting podem ocorrer ao mesmo tempo ou manter um intervalo bem demarcado entre elas. Parece que nos pássaros o imprinting é mais raro e menos desenvolvido do que em outras aves; o seu cérebro desenvolve-se mais lentamente, demorando meses para tornar-se mais alerta, ativo e totalmente operacional e o processo de ligação mãe-filho faz-se de maneira mais lenta, portanto, usando outros processos que não o imprinting. Aí, amigos, a necessidade de maior paciência com os nossos pássaros, evitando levá-los muito cedo a situações para as quais não estão preparados neurologicamente. Cuidado, muito cuidado mesmo com os pardinhos, pois a ansiedade para levá-los aos torneios, às badernas ou mesmo demonstrações para amigos pode levar a resultados desastrosos.
A digressãozinha de praxe. O que torna um pássaro de uma ninhada ou mesmo de um grupo de pássaros de várias ninhadas a ser o cara dos torneios se tiveram a mesma herança genética e foram manejados da mesma maneira? Como no imprinting, teria o campeão de torneios uma impressão digital cerebral muito particular? Teorias já existem para tentar explicar isso. Não poderia passar em branco a participação de dois brasileiros, ainda bem jovens, nesses estudos: Alysson Muotri, agora trabalhando nos States, e Stevens Rehen, da produtiva Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mostraram que cada célula nervosa  é tão diferente dos outros neurônios que parece ter genoma muito próprio. O fulcro desses estudos é a chamada retrotransposição, ou seja, alguns pedaços do DNA fazem cópias de si mesmos  como se fossem um xerox genético. Eles ficam saltando pelo genoma das células cerebrais; conforme pulam, esses chamados por eles DNA cangurus alteram a expressão gênica fazendo com que alguns genes se expressem mais ou menos em relação ao considerado normal e permitindo a diferenciação do neurônio de maneira que tenha traços únicos. É a teoria dos genes saltadores. Assim, cada indivíduo teria uma marcação cerebral única, intransferível e independente de herança genética. E tudo isso, amigos do sul maravilha Lisandro e Diego, porque a expressão dos genes pode provocar um maior ou menor número de sinapses. Mais conexões sinapticas modificam sobremaneira toda a rede neurológica e podem, como ponto capital, mudar o jeito do organismo alterar o comportamento em reação aos estímulos. Embora seja teoria, cada vez vem ganhando mais adeptos de peso e poderá revolucionar os estudos neurológicos futuros e facilitar a cura de várias doenças que acometem o sistema nervoso. E nós, como ficamos nessa enrascada se essa teoria vingar? Vamos teorizar também porque não paga imposto, pelo menos por enquanto.  Como todo o processo não seria transmitido geneticamente como ficaríamos com a seleção? Entendo eu que, mesmo não sendo um processo com base herdada genética, a capacidade de um gene saltador pular mais ou menos deve ser controlada pelo ciência de Mendel, o gênio das ervilhas. Assim, numa criação selecionada para as características comportamentais que desejamos, os pulos adequados dos DNAs cangurus seriam mais freqüentes e decisivos.
Mais ou menos ao mesmo tempo em que Lorenz, outro etologista, Niko Tinbergen, estudava outro aspecto importante do comportamento animal, chamado por ele padrão de ação fixa (FAPs, fixed action patterns). Os FAPs seriam seqüências de ações motoras elementares que formam um padrão de funções durante toda a vida do animal. O exemplo clássico é o da pata que, quando um ovo rola para fora do ninho, realiza uma série de movimentos com a cabeça e o bico para trazê-lo de volta; esses movimentos são estereotipados, pois, se o ovo escapa do bico, a pata continua a realizá-los no vazio até a seqüência final para, somente então, reiniciá-los de novo. Notem como os comportamentos dos animais, inclusive os pássaros, possuem características ainda pouco conhecidas apesar de muito estudadas. Cabe ao criador perspicaz aproveitar o que de prático existe nesses estudos e tentar criar manejos adequados para levar os seus pássaros aos comportamentos que busca,  por exemplo, canto ou fibra.
Lorenz demonstrou que o imprinting permite mostrar como a experiência pode determinar modelos fixos de ação sendo resultados da interação entre instinto e aprendizado. Qual seria mais importante? Não meto a colher nessa briga de cachorro grande, a briga do natural contra o educativo (soa melhor em inglês: nature versus nurture). Como sempre, chegou-se a uma atitude politicamente correta: o comportamento animal é a mistura dos dois fatores.
Mas o próprio Lorenz mostrou que o imprinting difere do aprendizado associativo em diversos aspectos:1- O imprinting desenvolve-se num período estrito de tempo, o tempo fixo e crítico, o que geralmente não acontece com o aprendizado associativo; 2- O imprinting parece ser irreversível, enquanto o processo associativo mostra-se volátil, esmaecendo com o tempo (processo de esquecimento) e 3- O imprinting não é um processo de memória individual, restrito ao animal que sofre o aprendizado, mas, pelo contrário, é uma forma  de condicionamento de um grupo de organismos além e acima do indivíduo, ou seja, ele é espécie específico e não um processo geral de aprendizado associativo.
Baseado nesses posicionamentos de Lorenz salta aos olhos do criador estudioso a importância da fêmea na criação de pássaros em gaiolas/viveiros, principalmente entre os nativos entre os quais a poligamia é muito usada. Na poligamia somente ela é  responsável pelo imprinting dos filhotes durante o período crítico do processo. Não posso deixar em branco. Sempre manifestei nos boletins escritos para os criadores de cães pastores alemães, e agora para os criadores de pássaros nativos, a importância das fêmeas na criação (há um boletim somente sobre esse assunto). Além da importância no imprinting dos filhotes, determinante na caracterização comportamental da espécie, somente elas transmitem os genes mitocondriais.
Nem todas as conclusões de Lorenz, que estudou os animais no seu ambiente natural, foram confirmadas nas controladas condições de laboratório. No laboratório foi mostrado que o imprinting não acontece rapidamente, de maneira irreversível e restrito a um período crítico de tempo como se pensava, além de ficar provado que os fatores de aprendizado têm importância maior do que até então admitido no seu desenvolvimento. O processo de imprinting seria cumulativo e estaria vinculado à liberação de endorfinas no cérebro, a qual, fixaria a associação.  Acho que nem tanto ao céu e nem tanto a terra.
Como viram, o imprinting ainda constitui um imbróglio em fase de resolução. E o criador, como fica na orientação da sua criação?  Sempre procurei, mesmo algumas vezes atropelando as teorias, unir o que os estudos mostram com a sua aplicabilidade prática, sem me ater muito aos conceitos do que seria realmente o imprinting.  Desde a criação de cães parto do seguinte princípio básico: o imprinting seria o estímulo de comportamentos espécies específicos, instintivos na maioria das vezes, necessários para o indivíduo adotar condutas para a sua sobrevivência num meio ambiente muitas vezes hostil.  Mais ou menos isso: pô, meu, eu sou um canário-da-terra e devo ter comportamentos alimentares, de canto, de territorialismo e outros para poder me integrar aos meus semelhantes e sobreviver. Se assim não for, eu danço miudinho. Lembro-me que as cadelas pastoras, por exemplos ou meio na marra, brincavam com os seus filhotes, muitas vezes abrutalhadamente, davam mordidinhas, os carregavam na boca pra lá e pra cá, comiam junto e muitas vezes disputavam asperamente a primazia de dar as primeiras bocadas, se pisassem na bola eram corrigidos até com violência, estimulavam a latição nas brincadeiras ou na aproximação de qualquer coisa que julgassem ser sinal de perigo; quer dizer, eu sou um cão de guarda, não posso dar moleza nas disputas e tenho para sobreviver como tal de manter grande sentido de territorialidade.  Na bucha: a cadela fazia a filhotada, às vezes na valentona, a ser um pastor alemão, a ter uma marca de pastor e de se comportar como tal. 
Se o criador for consciente, para aproveitar o melhor possível o imprinting dos filhotes deve adotar três condutas que julgo absolutamente essenciais: 1- Criar somente com padreadores e matrizes geneticamente qualificados para as qualidades que busca.  No nosso caso, se criar fibra ou canto, que busque para os seus criadouros (lembro-me que o saudoso Paulo Rui gostava mesmo era do termo aviário) pássaros com esses potenciais genéticos, mesmo que não sejam grande ganhadores de torneios; 2- Cuidado extremo na escolha das fêmeas. É uma tendência geral falar-se muito dos machos e muito pouco das fêmeas. Erro crasso que pode inviabilizar a criação. As fêmeas devem ser selecionadas tanto ou mais que os machos para os quesitos que buscamos. Mas, fêmea não canta, poderão perguntar. Não canta, mas terão  que ter irmãos, pais e avós que cantem bem. Elas não cantam, mas poderão transmitir qualidades de grandes cantores e 3- Ter sensibilidade e conhecimento para intervir o menos possível no imprinting ou fazê-lo de maneira positiva tendo como base os conhecimentos atuais.
Quanto tempo dura o imprinting? Esse tempo é o mesmo para todas as espécies de pássaros? É o mesmo para todos os filhotes de uma mesma ninhada ou de ninhadas diferentes?
São perguntas que  creio sem respostas no momento. Agora, uma coisa é certa, o período de imprinting é maior do que o tempo que a filhotada fica com a mãe (ou com o casal no caso de monogamia) nas criações atuais. Tenho para mim,  por observações próprias e de outros criadores, que o período de imprinting dos pássaros nativos dure de 3 a 4 meses, mas é somente palpite sem nenhuma comprovação científica. Um pequeno grupo de criadores de canários-da-terra/fibra está fazendo estudos práticos de ninhadas de idades semelhantes mantidas juntas em viveiros ou voadeiras procurando, mais ou menos, reproduzir o que acontece nos bandos soltos.  Essa conduta é mantida até, mais ou menos, um ano de idade. Aos poucos os machos que se destacam por chilrearem nos poleiros mais altos e mantêm condutas dominantes vão sendo separados para gaiolas individuais. Assim, acham eles que cobrem todo o período do imprinting. Algumas conclusões já foram tiradas mas não cabem no contexto desse boletim. 
As regiões cerebrais responsáveis pelas marcações geradas pelo imprinting parecem ser a  intermediária e a mediana do hyperstriatum ventrale (IMHV) dos dois hemisférios. O espigão ventricular dorsal (DVR) é uma estrutura cerebral única presente nas aves e répteis. Nas aves é composta pelo hyperstriatum ventrale e uma área chamada wulst, a qual, é parte de um sistema que lembra o responsável pela memória dos mamíferos.
Enfim, o imprinting é exemplo da interação do inato, comportamento espécie-específico, com as propriedades de um tipo especial de aprendizado chamado aprendizado perceptivo. Cada espécie animal é determinada geneticamente  para capacitá-la a aprender determinados comportamentos importantes para a sobrevivência da sua espécie. O imprinting é uma dessas formas de comportamento.
Sabe-se que estimulando  crianças até os 10 anos de idade, principalmente até os três anos de idade, lendo alto, cantando ou falando com ela há aumento do seu desenvolvimento cerebral permitindo adquirir habilidades essenciais ao aprendizado durante toda a sua vida. As crianças que não foram estimuladas adequadamente nesse período de vida inicial podem apresentar déficits de habilidades para aprender a falar, a ler, a dançar ou aprender a tocar instrumentos musicais, a cantar  e aprender novos idiomas, praticamente todas as condições exigidas para que um adulto seja inteligente e funcionalmente ativo. A criança assume o seu papel no aprendizado quando é cercada por um meio-ambiente bem estruturado, afetivo e estimulante, não sendo necessário forçá-la às atividades formais e sim prover condições para satisfazer a sua curiosidade natural e ter bom senso. Enfim, conscientizar antes de educar. E assim, consideradas as diferenças existentes, deve ocorrer com os pássaros. Para desenvolver todo o seu potencial genético o pássaro deve ser mantido em ambiente adequado, sem estresses e levado a passeios e treinamentos, respeitadas as suas idades, para que possa externar qualidades exigidas nos torneios.
Amigos passarinheiros, pode-se admitir ou questionar qualquer das teorias, mas não se pode fugir, para ter sucesso numa criação seletiva, de três condutas: 1- Selecionar geneticamente matrizes e machos para aquela (s) qualidade(s) que se queira, seja canto ou fibra; 2- Além do genótipo da fêmea para a qualidade que ser queira, selecioná-la pelo seu comportamento adequado para qualidade buscada, principalmente no caso da fibra, permitindo a ela imprintar os filhotes adequadamente e 3- Dotar os filhotes, adequados geneticamente e imprintados adequadamente, de processos de aprendizagem comprovados, visando sempre a qualidade buscada.  Sem isso, você nunca será um criador selecionador e sim um multiplicador de pássaros. E não estaremos fazendo nada demais, pois, é assim que a Natureza procede usando, para os nossos padrões éticos, métodos bastante cruéis. Na dura: somente criar com os melhores possíveis e procurar, sempre, selecionar os melhores filhotes para o criadouro, cada vez procurando melhorar a média de qualidade do plantel sem tréguas e sem improvisos. Sempre é melhor criar pouco e com qualidade do que ficar enchendo os gaiolões e viveiros com pássaros que a Natureza descartaria.
O canto do pássaro, como a fala do homem/mulher, é o resultado de uma série de ações e interações dos órgãos fonadores e dos seus auxiliares, como músculos e os nervos sensitivos e motores, coordenadas  pelo cérebro. O pássaro não canta à toa, mas sim em resposta a uma série de estímulos, principalmente visuais e auditivos, os quais, chegando aos núcleos cerebrais específicos pelos nervos sensitivos são ordenados e analisados e voltam pelos nervos motores para estimular os músculos que determinam o funcionamento dos órgãos responsáveis pelo canto.
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Mensagem por José Carlos Pereira Dom 28 Ago 2016, 20:06

Por favor, ...trazem muita informação e não traz muita informação...
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