Os parceiros de Topete

Os Parceiros sem Topete

José Luis de Castro Silva - Juiz OBJO/FOB – OMJ/COM
Ilustração - Antonio Carlos Lemo – Juiz OBJO/FOB-OMJ/COM


Como todos sabemos as raças que tem o topete como uma das características principais é constituída de dois indivíduos distintos: o de topete e o sem topete que é descendente de um pássaro com topete.

A causa do aparecimento dos dois tipos de indivíduos é o caractere dominante e letal que determina a formação do topete. Sendo o caractere letal, os indivíduos que recebem, de cada um dos seus pais, os genes para a formação do topete não são viáveis, pois, apresentam, os que foram gerados, o duplo fator para o topete.
Morrem ainda na forma embrionária ou logo após o nascimento. Assim todos os pássaros que apresentam o topete, são heterozigotos para o gen em questão e face a isto quando acasalamos um pássaro de topete a outro que não o possua, teoricamente, 50% dos filhotes possuirão topete.

A qualidade do topete depende de vários outros genes e daí a importância dos sem topete filhos de pássaros com topete, pois eles possuem alguns genes que favorecem a formação de bons topetes. Com exceção do Topete Alemão, todas as raças de topete que são criadas no Brasil têm chance de apresentarem nas exposições oficiais, seus parceiros sem topete.

A possibilidade que pássaros de uma raça sejam apresentados como se fossem de outra existe e não podemos negar, mas caberá aos senhores juízes reduzi-la a um mínimo aceitável. Três raças vêm sendo apresentadas em nossas exposições com possibilidade de gerar confusão, quando os exemplares forem de má qualidade: uma frisada (Padovana) e duas de penas lisas (Crested e Lancashire), cujos parceiros sem topete, podem ser erroneamente apresentados em outras raças. No caso dos frisados padovanos, por exemplo, há possibilidade que pássaros frisados do norte ou mesmo parisienses de pequeno porte possam ser apresentados como padovanos sem topete ou vice-versa.
Há, porém características que nos permitem a distinção entre tais pássaros quando de qualidade apenas razoável.


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Figura I

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Figura II

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Figura III

Um frisado do norte (figura I) tem que apresentar a cabeça e o pescoço sem qualquer frisura, o ventre liso e apenas as três frisuras fundamentais: manto, peito e fachos. O Padovano por sua vez deve possuir gola, suíças, ventre frisado e chorões e nos pássaros sem topete (figura III), as penas longas dão origem às sobrancelhas que como nos Gloster, às vezes são incipientes ou não existem, principalmente nos pássaros intensos. Outro ponto de diferenciação são as suíças ausentes nos frisados do norte.

No que se refere ao parisiense, praticamente a única diferença marcante é o topo da cabeça que no Padovano sem topete é liso, enquanto nos parisienses sempre apresenta alguma frisura. Mas como o Parisiense é uma das raças de formação da Padovana, pode-se em muitos casos deparar com um Parisiense que possua muitas características de um Padovano sem topete, onde as penalizações lhe serão impostas na cabeça e estas talvez não o alijem de concorrer a uma classificação se não houver pássaros de qualidade da raça. O Padovano de Topete (figura II) não deixa dúvidas com qualquer outra raça frisada de tamanho próximo.

Na raça Lancashire há possibilidade de que os cabeças lisas sejam apresentados como Yorkshires ou vice-versa. As cabeças, porém, nos bons exemplares são totalmente distintas.


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Figura IV

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Figura V

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Figura VI

O York (figura IV) têm a cabeça arredondada e grande, olhos bem visíveis e a ligação com o corpo, pouco deixa definir o pescoço que é curto e grosso. O Lancashire sem topete (figura V), têm a cabeça arredondada, mais comprida do que larga e o pescoço é perfeitamente definido por duas curvas reversas que ligam a cabeça ao peito e ao dorso. Normalmente, apresentam quando filhos de pássaros com topete (figura VI) sobrancelhas abundantes, se nevados e incipientes quando intensos.

O acasalamento de pássaros mesmo com um topete perfeito, a um sem topete de cabeça redonda tipo York, conduz quase sempre a pássaros de topete circular o que é uma característica negativa para o exemplar Lancashire. Além disso, a posição da cauda, e o tamanho podem ajudar na diferenciação.

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Figura VII

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Figura VIII

Na raça Crested os pássaros sem topete (CREST BRED) (figura VII) podem se apresentar como Norwich e vice-versa. O Norwich ideal não deve ter sobrancelhas e a plumagem deve ser o mais compacta possível, (figura VIII), mas acasalamentos contínuos entre nevados podem conduzir a pássaros de penas longas, frouxas e com sobrancelhas evidentes que podem levar o juiz a aceitá-lo como um CREST BRED, e os próprios criadores a utilizá-lo em acasalamentos com pássaros de topete para obtenção de CRESTED de boa qualidade.

Mais uma vez a origem comum permite que se utilize um desses pássaros sendo de outra raça. O que não devemos é utilizar o Crest Bred como um Norwich a fim de não alongar as pernas deste com prejuízo para a plumagem. Os CRESTED são acasalados muitas vezes nevados X nevados com o objetivo de alongar as penas e melhorar a qualidade do topete, e um CREST BRED filho e neto de nevados pode apresentar penas tão longas que os olhos ficam praticamente escondidos sob as sobrancelhas, e as penas que nascem sob o bico, na face, constituírem algo como as suíças de um frisado.

Que há possibilidade de pássaros de uma raça serem inscritos em outra não há dúvida, mas os bons indivíduos dificilmente serão confundidos, o mesmo não ocorrendo com pássaros de baixa qualidade. Cabe, pois, aos Srs. Diretores Técnicos orientar os criadores de seus clubes para que não inscrevam seus pássaros em raças que não a de origem e aos Srs. Juízes exigir que os pássaros apresentados satisfaçam as características da raça onde concorrem.

A decisão tomada em reunião técnica de juízes da OBJO que permite ao juiz desclassificar todos os pássaros que recebam penalizações em dois itens da tabela com o valor mínimo estabelecido para a gradação fraco, exceto Condição Geral, é um poderoso instrumento para evitar que pássaros que se distanciem do padrão da raça, venham a ser premiados.

Boa tarde pessoal.

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Olá pesseoal em relação a esse artigo sobre topete alemão tenho uma dúvida então acasalando um topete com um sem topete que é o correto poderá gerar filhos sem topete e filhos com topete, esses filhos devo acasalar os que não possuem topete com parceiros de topete.

PAULO O TOPETE ALEMÃO É BASICAMENTE UM CANÁRIO DE COR COM O ADORNO DO TOPETE , ACASALANDO-SE CANARIO COM X CANARIO SEM TOPETE , TEREMOS PROLE 50% DE TOPETES E 50 % COM TOPETES .

ESSES FILHOTES NASCIDO SEM TOPETE CONVÉM ACASALAR COM EXEMPLARES COM TOPETE , VISTO QUE O OBJETIVO AQUI É CONSEGUIR UM EXEMPLAR DE TOPETE , O QUE CARACTERIZA A RAÇA , SE POR UM ACASO ACASALAR DOIS EXEMPLARES SEM TOPETES , IRÁ OBTER UM CANARIO DE COR COMUM .

AGORA PENSANDO A PARTIR DESSE PONTO DE VISTA , PARECE INSTIGANTE ACASALARMOS DOIS EXEMPLARES DE TOPETE ONDE TEORICAMENTE TERÍAMOS 75% DE FILHOTES COM TOPETE E 25% SEM , SE O OBJETIVO FOR APENAS OBTER EXEMPLARES DE TOPETE ESSE É O CAMINHO , PORÉM VISANDO A QUALIDADE , EXPERIÊNCIAS PRÓPRIA E ATRAVÉS DE RELATO DE AMIGOS , DIGO QUE A QUALIDADE DE TOPETE TENDE A DECAIR .

Olá, obrigado pelas dicas tenho quatro casais formados com topetes sendo um dos parceiros é sem topete, como estou começando esse ano e pelas inumeras leituras que fiz no forúm, consegui alguns exemplares e vi que as plumagens devia ter uma melhorada acasalei branco dominante com amarelo nevado, branco recessivo com uma femêa amarela marfim de topete e outro branco dominante com branca recessiva e tenho dois mais simples um de pintados e outro verde salsa, que mais tarde ocuparei para amâs secas.
Aproveitando as dicas dos senhores gostaria de saber os canarios que os topetes ficam com as penas arrepiadas para cima como faço para corrigir nos filhotes ou não tem como corrigir

EM SE TRATANDO DE TOPETE ALEMÃO , É MUITO IMPORTANTE O CUIDADO DE FILHOTES COM TOPETE , SE POSSIVEL INDIVIDUALIZAR O QUANTO ANTES AFIM DE NÃO ESTRAGAREM O TOPETE , POIS EM BRIGAS , A PRIMEIRA PARTE A SER AFETADA GERALMENTE É O TOPETE rs...


AGORA VAMOS AO ASSUNTO , FILHOTES DE TOPETE TENDEM A MUDAR MUITO , O IDEAL É AGUARDAR A MUDA PARA ENTÃO COMEÇAR A TRABALHAR O TOPETE , ANTES DISSO É SOMENTE EVITAR DEPENAÇÃO DESSA REGIÃO . APÓS A MUDA PODEMOS PACIENTEMENTE PENTEAR O TOPETE , UMA ESCOVA PARA CÍLIOS OU UMA ESCOVA DE DENTE USADA E DE CERDAS MACIAS SERVEM MUITO BEM , TEMOS QUE REGRAR O TOPETE , MOLDANDO DA FORMA CORRETA , SEMPRE MOLHANDO A REGIÃO E PENTEANDO . ALGUMAS VEZES ISSO NÃO BASTA E TEMOS QUE ARRANCAR ALGUMAS PENAS , MAS PARA ISSO TEM QUE SE TER UMA CERTA EXPERIENCIA POIS PODEMOS DEIXAR FALHAS NO TOPETE . AS VEZES TEMOS PENAS QUE NASCEM NO SENTIDO CONTRARIO DAS OUTRAS DO TOPETE , DEIXANDO O TOPETE ARREPIADO , RETIRANDO ESSA PENA AS OUTRAS TENDEM A SE ACOMODAR . JÁ CRIEI MUITO TOPETE ALEMÃO , LANCASHIRE E FIORINO , EU PROCURAVA INDIVIDUALIZAR AO MÁXIMO OS EXEMPLARES , E ENCERRADA A MUDA LITERALMENTE PENTEAVA OS TOPETES , EU USAVA SHAMPOO COM GLICERINA ( INFANTIL HIPOALERGICO ) MISTURAVA COM AGUA E COM A ESCOVA MOLHADA NESSA MISTURA PENTEAVA O TOPETE , A GLICERINA DEIXAVA AS PENAS PESSADAS , E ISSO AJUDAVA NO ASSENTAMENTO DAS MESMAS , É CLARO PACIENTEMENTE INSISTINDO , TODOS OS DIAS .

Vou seguir essas dicas até estou começando meu viveiro na casa que está em construção e já tenho algumas coisas planejadas para os topetes.

UMA TÉCNICA QUE ADAPTEI PARA MEUS LIZARDS FICAREM MENOS PREJUDICADOS DEVIDO A BRIGAS E DEPENAÇÃO EM VIVEIROS\VOADEIRAS , FOI COLOCAR PULEIROS INDIVIDUAIS , VI ALGUMAS FOTOS NA NET E ADAPTEI NA MINHA VOADEIRA , O RESULTADO FOI INTERESSANTE ....

BOA SORTE COM A CRIA , ABRAÇO !!!!

Obrigado igualmente!!!