O QUE É ORNITOLOGIA?
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O QUE É ORNITOLOGIA?
Ciência que faz parte da biologia, ou mais popularmente, um ramo da história natural, que vem tomando corpo desde os antigos gregos.
Aristóteles, filósofo e naturalista que viveu de 384/322 anates de Cristo, deu os primeiros passos para penetrar no mundo animal.
Seguindo os caminhos da ciência até Lamark, temos de deixar um grande vazio, pois não pretendemos apresentar a história completa, apenas queremos render profunda homenagem aos primeiros naturalistas, que sofreram a incredulidade e, às vezes, a acusação de heresia, quando comunicavam suas novas descobertas.
Darwin deu rédeas soltas às associações do pensamento quando encontrou o fenômeno de Galápagos, sob a forma de 13 espécies, todas da mesma família (Fringillidae). Apesar da morfologia diferente, todas manifestavam um caráter semelhante. Exemplo: a diferença aparente entre um Caboclinho (Sporophila caerulscens) e um Bico de Pimenta (Pitylus fulginosus), que são da mesma família.
Que complexo admirável é o mundo das aves! Do minúsculo beija-flor à gigantesca Ema!
No decurso do tempo, desde o Arqueópterix até o pardal de hoje, a paleontologia confirma terem passado 150 milhões de anos, e o Arqueópterix é apenas uma subclasse dos Arqueõrnitos (Aves Ancestrais).
Pierce Brodcorb, da Universidade da Flórida, calcula, apoiando-se na paleontologia e nos testes de carbono radioativo que, neste lapso, existiam 1.634.000 espécies de aves, das quais temos no mundo atual escassas 8.500 espécies.
O mundo das aves, através dos milhões de anos passados, sofreram cataclismos de todas as formas imagináveis, na superfície do globo, mas talvez o golpe mais impetuoso que tenha sofrido ou sofre atualmente, seja por parte da espécie humana. E a pergunta que se impõe é: Por quê?
A natureza se manifesta em fenômenos geológicos, botânicos, zoológicos e outros, mas qual dessas manifestações teria dado tanta utilidade e prazer ao homem como o mundo das aves, com suas formas, seus cantos melodiosos e suas cores magníficas. A utilidade econômica se videncia no combate aos insetos nocivos; na disseminação das sementes; na polinização das flores e, às vezes, sob a forma de um
repasto excêntrico.
Ornitologia é o que fazem os clubes ornitológicos. Sem distinção, congregam desde um simples passarinheiro até um cientista.
O Brasil é terra abençoada por Deus em razão da potencialidade de sua flora e fauna. Chegou a hora de despertar e se preocupar para que não se cometam mais erros contra às riquezas naturais, para não dizer crimes.
Um dos motivos do nosso congraçamento em torno da avifauna, é divulgar dados educativos em relação as espécies que têm tendências a se adaptar à vida em domesticidade.
Os granívoros se mostram mais aptos. Entretanto, os insetívoros ou frugívoros estão condenados a morte lenta e segura, por falta de maiores conhecimentos. E, nesse caso, desenrola-se um drama. O (Homo habilis) quer vencer a natureza sem conhecer as Leis da Biologia ou suas unções básicas. Só entre os fringilídeos, temos mais de cem espécies e subespécies, quase todas granívoras, com inclinação a tolerar o cativeiro e até reproduzir-se.
Portanto, surge uma segunda pergunta. Por que insistem alguns amadores – se são realmente amantes da natureza – em tentar domesticar espécies da família dos pipredeos? Conhecidos popularmente por Tangarás, são frugívoros e insetívoros e sua maior percentagem na dieta é constituída de frutas variadas. Nesse tempo, pouco adianta ou mesmo perde o amador.
Porque, se observamos atentamente, podemos concluir que estamos frente a um fenômeno que vai e vem, que se repete, dependendo do ciclo evolutivo de certas frutas. São fenômenos sazonais, isto é, dependem das estações do ano. O mesmo ocorre com os representantes da família dos Traupídeos, popularmente conhecidos como Gaturamos, Saíras, Tiés, Sanhaços, etc.
Além da complexidade da dieta alimentar, outro problema é o sistema digestivo. Particularmente sabiamente criado para manter o equilíbrio iológico. Porque, se não fosse isso, as duas famílias mencionadas, hoje já estariam extintas. Os Tangarás, Gaturamos e outros pequenos frugívoros, não possuem estômagos, mas um primitivo papo (esôfago) que é continuado diretamente pelo intestino e, por isso, podemos verificar a amiudada evacuação dos detritos, ainda com a coloração da fruta ingerida.
A natureza oferece uma variedade de insetos e suas formas larvais que ultrapassam de muito a capacidade e os esforços do amador em onhecê-los, daí sua precariedade de conhecimento nesse campo. Ante a grande mortandade de pássaros frugívoros e principalmente dos
insetívoros quando em poder de amadores menos atentos, é que venho a falar nesse assunto.
A iniciativa de um grupo de idealistas que hoje se agrupam sob o nome de “Sociedade Ornitológica”. Está no caminho de transformar-se numa fonte de conhecimentos. Suporte para valorizar a avifauna mais rica do mundo. Pólo irradiado de um culto à natureza que talvez ainda nos dê mais orgulho de sermos brasileiros.
Fonte: Alexandre S. Kun (in memória)
Aristóteles, filósofo e naturalista que viveu de 384/322 anates de Cristo, deu os primeiros passos para penetrar no mundo animal.
Seguindo os caminhos da ciência até Lamark, temos de deixar um grande vazio, pois não pretendemos apresentar a história completa, apenas queremos render profunda homenagem aos primeiros naturalistas, que sofreram a incredulidade e, às vezes, a acusação de heresia, quando comunicavam suas novas descobertas.
Darwin deu rédeas soltas às associações do pensamento quando encontrou o fenômeno de Galápagos, sob a forma de 13 espécies, todas da mesma família (Fringillidae). Apesar da morfologia diferente, todas manifestavam um caráter semelhante. Exemplo: a diferença aparente entre um Caboclinho (Sporophila caerulscens) e um Bico de Pimenta (Pitylus fulginosus), que são da mesma família.
Que complexo admirável é o mundo das aves! Do minúsculo beija-flor à gigantesca Ema!
No decurso do tempo, desde o Arqueópterix até o pardal de hoje, a paleontologia confirma terem passado 150 milhões de anos, e o Arqueópterix é apenas uma subclasse dos Arqueõrnitos (Aves Ancestrais).
Pierce Brodcorb, da Universidade da Flórida, calcula, apoiando-se na paleontologia e nos testes de carbono radioativo que, neste lapso, existiam 1.634.000 espécies de aves, das quais temos no mundo atual escassas 8.500 espécies.
O mundo das aves, através dos milhões de anos passados, sofreram cataclismos de todas as formas imagináveis, na superfície do globo, mas talvez o golpe mais impetuoso que tenha sofrido ou sofre atualmente, seja por parte da espécie humana. E a pergunta que se impõe é: Por quê?
A natureza se manifesta em fenômenos geológicos, botânicos, zoológicos e outros, mas qual dessas manifestações teria dado tanta utilidade e prazer ao homem como o mundo das aves, com suas formas, seus cantos melodiosos e suas cores magníficas. A utilidade econômica se videncia no combate aos insetos nocivos; na disseminação das sementes; na polinização das flores e, às vezes, sob a forma de um
repasto excêntrico.
Ornitologia é o que fazem os clubes ornitológicos. Sem distinção, congregam desde um simples passarinheiro até um cientista.
O Brasil é terra abençoada por Deus em razão da potencialidade de sua flora e fauna. Chegou a hora de despertar e se preocupar para que não se cometam mais erros contra às riquezas naturais, para não dizer crimes.
Um dos motivos do nosso congraçamento em torno da avifauna, é divulgar dados educativos em relação as espécies que têm tendências a se adaptar à vida em domesticidade.
Os granívoros se mostram mais aptos. Entretanto, os insetívoros ou frugívoros estão condenados a morte lenta e segura, por falta de maiores conhecimentos. E, nesse caso, desenrola-se um drama. O (Homo habilis) quer vencer a natureza sem conhecer as Leis da Biologia ou suas unções básicas. Só entre os fringilídeos, temos mais de cem espécies e subespécies, quase todas granívoras, com inclinação a tolerar o cativeiro e até reproduzir-se.
Portanto, surge uma segunda pergunta. Por que insistem alguns amadores – se são realmente amantes da natureza – em tentar domesticar espécies da família dos pipredeos? Conhecidos popularmente por Tangarás, são frugívoros e insetívoros e sua maior percentagem na dieta é constituída de frutas variadas. Nesse tempo, pouco adianta ou mesmo perde o amador.
Porque, se observamos atentamente, podemos concluir que estamos frente a um fenômeno que vai e vem, que se repete, dependendo do ciclo evolutivo de certas frutas. São fenômenos sazonais, isto é, dependem das estações do ano. O mesmo ocorre com os representantes da família dos Traupídeos, popularmente conhecidos como Gaturamos, Saíras, Tiés, Sanhaços, etc.
Além da complexidade da dieta alimentar, outro problema é o sistema digestivo. Particularmente sabiamente criado para manter o equilíbrio iológico. Porque, se não fosse isso, as duas famílias mencionadas, hoje já estariam extintas. Os Tangarás, Gaturamos e outros pequenos frugívoros, não possuem estômagos, mas um primitivo papo (esôfago) que é continuado diretamente pelo intestino e, por isso, podemos verificar a amiudada evacuação dos detritos, ainda com a coloração da fruta ingerida.
A natureza oferece uma variedade de insetos e suas formas larvais que ultrapassam de muito a capacidade e os esforços do amador em onhecê-los, daí sua precariedade de conhecimento nesse campo. Ante a grande mortandade de pássaros frugívoros e principalmente dos
insetívoros quando em poder de amadores menos atentos, é que venho a falar nesse assunto.
A iniciativa de um grupo de idealistas que hoje se agrupam sob o nome de “Sociedade Ornitológica”. Está no caminho de transformar-se numa fonte de conhecimentos. Suporte para valorizar a avifauna mais rica do mundo. Pólo irradiado de um culto à natureza que talvez ainda nos dê mais orgulho de sermos brasileiros.
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