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BIOTINA OU VITAMINA H, SUA IMPORTÂNCIA PARA AVES DE GAIOLA.

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Mensagem por UNIVERSO DOS CANÁRIOS Dom 28 Jul 2013, 12:12

Também conhecida como vitamina H, este nutriente essencial para canários e agapornis consiste em um pó branco, cristalino, de difícil solubilidade em água e insolúvel em gordura, bastante estável ao calor, luz e ar, presente em verduras, frutas, derivados de arroz, certas sementes vegetais e leveduras.
As exigências nutricionais para esta vitamina são extremamente baixas (variam de 0,1 mg a 0,25 mg por quilo de farinhada ou ração completa), porém sua presença nos alimentos, via de regra, é extremamente baixa e em alguns casos, esta sob forma não biodisponível, isto é, a ave não consegue utilizar a Biotina do alimento (por exemplo a Biotina do trigo).
Funções Biológicas

A função da Biotina no metabolismo das aves está ligada as reações chamadas carboxilação, importante para desintegração de aminoácidos como leucina cisoleucina. Assim como a Biotina também está envolvida no metabolismo de ácidos graxos de cadeia longa (ácidos palmítico e esteárico).
Desta maneira, sabe-se que a Biotina interfere, por exemplo, na síntese de uma importante proteína para as aves: albumina sérica - proteína de transporte de grande parte das vitaminas do Complexo B e formadora da clara de ovo. Enzimas, como a amilase, que ajudam a degradar por exemplo o amido do milho, também dependem da Biotina para a sua formação.

Sintomas gerais da carência

Geralmente se manifesta de maneira muito branda, promovendo dermatites, aumento do número de cistos de penas, rachaduras nas patas.
O aparecimento da carência de Biotina se vê estimulado por fatores como:
- Ingestão de clara de ovo crua - Existe a presença de uma antivitamina H na clara do ovo, denominada "avidina". Para a nossa sorte, apenas a clara crua possui avidina e não é pratica comum fornecer ovos crus a canários e agapornis.
- Ingestão de dejetos de aves - Existe a presença de outra antivitamina H em dejetos de aves, denominada "straptavidina", mais uma razão para procedermos a limpeza nas nossas gaiolas com freqüência.
- Substâncias antibacterianas que alterem a flora intestinal e/ ou impeçam a absorção da vitamina H.
- Substâncias antidiarréias, como caolim, pectato, carvão, utilizados por períodos muito longos, "impermeabilizando" zonas intestinais de absorção de Biotina.
- Falhas genéticas ligadas a absorção intestinal, como acontece com certas cores de canários (mosaico) que parecem estar ligadas a diminuição do intestino delgado, principal sítio de absorção da vitamina H.
- Sintomas de carências :
Dermatites, rachaduras nas patas, queda na eclosão dos ovos e aumento dos cistos de penas (bolas).
A administração da vitamina H deve ser sempre preventiva, através de suplementação das farinhadas ou rações completas. Por ser a única no mercado a conter a vitamina H na sua formulação , indica-se o uso de 1 gr de BIOTINA (preparado em farmácia de homeopáticas) por quilo de farinhada.

Dr. Regis Cristiano Ribeiro
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Mensagem por José Carlos Pereira Seg 29 Jul 2013, 14:07

Amigos.
Às vezes me sinto enxerido em ficar palpitando e mostrando o que escrevi e escrevo. Acontece que, militando há dezenas de anos na criação de animais e na medicina, e gostando de estudar e escrever, escrevi muito sobre muitos assuntos. De vez em quando levo uma lapada, como na vez que fui processado por falar mal da água consumida aqui naquele tempo. Ehehehehheheh. Mas, tenham tudo como uma maneira de tentar transmitir o pouco que sei. Se abusar, por favor, relevem.
Tenho alguma coisa escrita sobre ela. Mas, para não tomar espaço, gostaria de tratar um aspecto.
Tirando algumas deficiências específicas de vitaminas, cujas manifestações clínicas são claras e clássicas, como as carências de vitaminas D e A, nos outros casos os sinais são bem inespecíficos e de diagnóstico difícil. São sinais que podem surgir de muitas causas e é complicado determinar uma específica.
O melhor mesmo é manter os pássaros bem nutridos o tempo todo.
No caso da carência de biotina há uma série de cuidados para evitá-la. Colo abaixo uma parte do que escrevi:
Portanto, a biotina tem importância fundamental em algumas fases do metabolismo das gorduras e dos carboidratos. Embora não haja nada conclusivo, admite-se que, para haver deficiência da biotina, sejam necessários a eliminação das bactérias intestinais responsáveis pela sua síntese, a ingestão predominante da clara de ovo ou a administração de antimetabólitos da biotina; alimentação parenteral sem biotina, os quadros desnutricionais proteico/calóricos graves (seria o caso do peito seco?) e as deficiências genéticas múltiplas das carboxilases são outras causas da manifestação clínica da deficiência da biotina. 
 Portanto, cuidado com clara de ovo, mantenha as aves bem nutridas e evite o uso abusivo de antibióticos, principalmente os de amplo espectro de ação, que destroem a flora intestinal.
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Mensagem por ROGÉRIO QUEIROZ Ter 30 Jul 2013, 15:29

José Carlos esse Tópico não foi criado por mim,rs.
Mas acredito que em um Fórum não existe problemas em se dar a opinião, principalmente opinião embasada como é a sua. 
Tenho certeza que enriquece o debate e o nosso pouco conhecimento.

 
Sds.
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Mensagem por MARTÍN Sex 02 Ago 2013, 14:49

Aonde encontrar a Biotina?

A biotina existe em vários alimentos, tais como, a couve flor, a levedura, a soja, a manteiga e o fígado, sendo que estes dois últimos apenas menscionam a titulo de curiosidade, pois não poderão ser fornecidos ás aves.

Os alimentos que mencionei são os que possuem as quantidades maiores desta "vitamina" sendo a levedura de cerveja o  que possui a maior percentagem, contudo essas mesma quantidades poderão não ser suficientes para o efeito que pretendemos.

Será uma questão de ver a quantidade de biotina que um bom suplemento para muda contém e de comprar essa mesma quantia com aquela que pode oferecer aos teus pássaros no caso de optar por aumentar a quantidade desses alimentos que falei.

Mas vai ser fácil, pois a dose de levedura não poode ser muito alta, senão vai ter excesso de proteína (por exemplo, este é um outro caso que iremos falar em outra oportunidade), e consequentemente problemas renais entre outros, então um aumento da dose de levedura esta fora de questão.

Com a soja se da o mesmo exemplo assima, sendo também muito rica em proteínas, não pode ser fornecida em doses muito elevadas, sobrando assim a couve flor, mas os canários teriam que consumir porções exageradíssimas de couve-flor para que a dose de biotina fosse satisfeita então não seria possivel, pois ainda que forneça eles não comem o suficiente.

Resumindo, usando os alimentos que mencionei, de forma equilibrada, poderemos estar oferecendo quantidades de biotina suficiente para um canário saudável, mas não as quantidades necessárias para o efeito pretendido para cura do quistos de penas, aliás nem todos os suplementos para muda terão essas quantidades, pois eles não são criados pensando no problema de quisto de penas, mas para canários saudáveis em muda de penas.

Aconselho casa for fazer o uso de algum suplemento de biotina, que seja somente nos casos em que possuam canários com penas encravadas ou que tenha um grande volume de penas  e temos receio que o problema possa ocorrer.

Abraço.
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BIOTINA OU VITAMINA H, SUA IMPORTÂNCIA PARA AVES DE GAIOLA. Empty Re: BIOTINA OU VITAMINA H, SUA IMPORTÂNCIA PARA AVES DE GAIOLA.

Mensagem por CÉLIA MARIA CAYRES Sáb 03 Ago 2013, 21:40

BOA NOITE AMIGOS DO UNIVERSO DOS CANÁRIOS !

AMIGOS,

ÓTIMO ARTIGO !

CÉLIA
 
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IN MEMORIAM

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Mensagem por José Carlos Pereira Seg 05 Ago 2013, 19:54

Prezado Martin.
Vejo o seguinte do ponto de vista prático a situação da biotina e outras vitaminas do chamado complexo B: dificilmente haverá deficiência delas num pássaro bem nutrido. 
Biotina, ácido pantotênico e vitamina K, por exemplo, são sintetizadas pela flora intestinal. Aqui gostaria de postar alguma coisa sobre a flora intestinal. É mecanismo essencial para a manutenção da saúde animal qualquer espécie a que pertença. 
Infelizmente, ao mesmo tempo que os criadores se compenetram da importância dos pro e prebióticos, nutracêuticos, etc, na manutenção da flora intestinal, eles destroem essa mesma flora através do uso intempestivo de antibióticos. Noto que entre os assuntos prediletos dos passarinheiros está o uso de antibióticos.
E o fazem de maneira, desculpem o termo, até de modo irracional e sem qualquer conhecimento ou ajuda técnica de profissionais da área. 
Segue algo que escrevi no boletim sobre os pre e probióticos:
A FLORA INTESTINAL
 
Todas as áreas do corpo do animal em contato com o meio exterior possui uma microflora bastante específica.  Os exemplos são a pele, o tubo digestivo e o aparelho respiratório.
O tubo digestivo, desde a boca até o ânus, mantém estreito contato com o meio externo. E, desde a boca,  possui microfloras específicas a cada região.  Como exemplo atualíssimo, até o selvagem meio da acidez estomacal é capaz de albergar elementos vivos, como é o caso do Helicobacter pylori, bactéria com papel crucial no desenvolvimento da gastrite e da úlcera gástrica.
A microflora intestinal vai ganhando terreno na importância para a manutenção da saúde. Se no estômago e duodeno o número de bactérias varia entre 100 a 10 000 u.f.c. por ml (unidades formadoras de colônias por mililitro), predominando os estreptococos, estafilococos, raramente bactérias anaeróbias (vivem em ambiente isento de oxigênio) e os lactobacilos. No jejuno e no íleo há aumento quantitativo e qualitativo da flora, entre 100 000 e 1 000 000 000 ufc/ml, predominando bacteróides, lactobacilos, fusobactérias, enterobacteriáceas, bifidobactérias e estreptococos, notando-se já a presença dos coliformes e de várias espécies de anaeróbios. No intestino grosso, mais especificamente nos cólons, a flora intestinal atinge os impressionantes  100 000 000 000 a 10 000 000 000 000 ufc/ml, contendo bacteróides, clostrídeos, pseudomonas, bifidobactérias, lactobacilos, estreptococos fusobactérias, enterobactérias e estafilococos, sendo importante lembrar que, no intestino grosso, as bactérias anaeróbias superam as demais (facultativas e aeróbias) por uma boa margem no mínimo de fator 10², com predomínio dos bacteróides, bifidobactérias e fusobactérias, sendo também freqüentes os estreptococos, clostrídeos, lactobacilos e enterobactérias. A flora compreende ainda fungos e vírus.
Autores determinam que a flora intestinal contenha entre 450 a 500 espécies de bactérias, distribuídas em torno de 200 gêneros, mas somente 30 a 40 espécies são responsáveis por 99% do total.
As bactérias da flora intestinal podem ser: a- Simplesmente nocivas ao organismo, como os clostrídeos, os Proteus,  os estafilococos, as veillonelas; b- Podem ser benéficas ou nocivas, como as enterobactérias e os enterococos, as quais, ao mesmo tempo que podem ocasionar infecções fora do intestino ajudam na defesa do organismo e c- Simplesmente benéficas, como acontece como os lactobacilos, com as bifidobactérias e com os estreptococos lácticos.
Nos humanos, a colonização do trato gastrintestinal por bactérias começa durante o parto por via vaginal, sendo um processo lento e progressivo e regulada pelo próprio meio intestinal, o qual, também vai se alterando conforme o estabelecimento de novos grupos bacterianos.  O alto poder oxirredutivo positivo do intestino do recém-nascido, criando meio rico em oxigênio, favorece as bactérias aeróbias ou os anaeróbios facultativos, como o grupo das enterobactérias. Assim, logo após o parto já são encontradas E. coli, Enterococcus, Lactobacillus e Staphylococcus nas fezes de quase todos os bebês. Como essas bactérias consomem grande quantidade de oxigênio para a sobrevivência, o meio vai-se tornando mais pobre nesse elemento com maior adequação para a sobrevida das bactérias anaeróbias obrigatórias como as bifidobactérias (99% da flora intestinal e surgem logo no terceiro dia após o nascimento), os bacteroides e clostridio.  Por questão até de espaço físico e metabólico, como a diminuição de micronutrientes num meio fortemente pobre de oxigênio, conforme as bactérias anaeróbias aumentam as facultativas diminuem. A fonte natural das bactérias colonizadoras do intestino do recém-nascido é a microflora intestinal materna.  Nas cesáreas essa transferência não se faz, havendo atraso no estabelecimento das bactérias no intestino do bebê, principalmente as anaeróbias, e as bactérias são adquiridas principalmente do meio ambiente.
Nos países em desenvolvimento é quase certo que os lactentes sejam expostos desde cedo a numerosas bactérias, principalmente anaeróbios facultativos e aeróbios. Esse tipo de flora é instável e contém grande variedade de parasitas potencialmente patogênicos  que podem  ocasionar infecções extra-intestinais; isso pode levar à necessidade de uso de antibióticos que tornam o lactente mais suscetível a novos quadro infecciosos criando um ciclo vicioso.  Nos países desenvolvidos o problema pode ser oposto, pois a rigorosa higiene existente no cuidado neonatal  poderá retardar o estabelecimento de microflora ativa e com capacidade protetora.  É, se correr o bicho pega... Nesses contextos torna-se importantíssima a alimentação no seio, a qual, favorece o estabelecimento de uma flora intestinal protetora.
Hoje, na criação de pássaros bem estabelecida, vivemos uma situação parecida com as dos países desenvolvidos quanto à qualidade do controle das infecções. Os cuidados necessários quanto a higienização do ambiente onde são mantidos os pássaros, os cuidados com a água que eles tomam e usam para os banhos e a higiene na manutenção dos alimento dificultam ou mesmo impedem o estabelecimento inicial da microbiota intestinal dos filhotes. Para alguns autores isso seria compensado pelo contato logo ao nascer dos filhotes com as fezes das mães, as quais, contêm elementos para a imunoproteção dos filhotes, inclusive bactérias probióticas. Não tenho elementos para ser conclusivo, mas seria lógico concordar com isso levado-se em conta que a cloaca, da mesma maneira que a vagina da mulher, deve ter a sua própria microbiota, inclusive com muitas bactérias probióticas que podem chegar aos filhotes pelas fezes das mães. Quando os ovos são retirados da mãe e eclodidos em chocadeiras, como ocorre nas criações comerciais de aves e já em alguns criadouros de pássaros, os filhotes adquirem parcialmente as suas microfloras através do ambiente do criadouro. Concluo que os filhotes das aves formam suas floras intestinais a partir do material existente nos bicos, nos papos ou nas fezes das mães.
A microbiota intestinal das aves, como os pássaros, começa a ser estabelecida logo depois da eclosão dos ovos; ela aumenta nas primeira semanas de vida e depois se torna dominada pelas bactérias anaeróbias. No ceco das aves foram identificados muitos gêneros de bactérias: Bifidobactérias, Bacillus, Bacteroides, Clostridium, Enterobacter, Citrobacter, Escherichia, Enterococcus, Lactobacillus, Eubacterium, Fusobaterium, Lactococcus, Pediococcus, Propionibacterium, Ruminococcus, Peptostreptococcus, Veillonella, Serratia e Streptococcus
É de se admitir que, numa mãe saudável, os filhotes de pássaros comecem a formar a flora intestinal de defesa ainda no ninho contaminado por fezes e material regurgitado pela mãe. E, aí, mais um provável efeito deletério do uso indiscriminado dos antibióticos na criação de pássaros; uma fêmea sob efeito contínuo de antibióticos terá na sua flora um grande número de bactérias patogênicas e, pior ainda, resistentes aos próprios antibióticos. Daí, já viu, né, como diria a netona Filósofa, coitados dos filhotes.
 
Na velhice o número de bactérias benéficas na flora intestinal cai para 30% em relação às bactérias patogênicas, chegando esse  índice a apenas 5% em alguns idosos. A conseqüência é a maior predisposição às doenças determinadas pela baixa imunidade orgânica.  Isso ocorre com outros animais, inclusive com os pássaros.
Abraço.
José Carlos.
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Mensagem por MARTÍN Seg 05 Ago 2013, 21:21

Inclusive José Carlos estamos vendo diversas aves tendo recistencia a varios antibioticos pelo uso indiscriminados.

Já vi muitos criadores orientar a dar enrofloxacino em um mês e no outro um coccidiostático e assim por diante, como forma preventiva, e esquecem de manter o minimo que é  a higiene no criadouro.

E estes mesmo plantel quando tem problema e suas aves submetidas a exame laboratoriais, nota que a doença tem recistencia a vários medicamentos e sendo cronica, e de difícil tratamento.
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