A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
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A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
MACHO..........................................................................................FÊMEA
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Continuando na linha de bem informar o leitor do AO e na seqüência de dicas sobre a criação dos principais pássaros canoros brasileiros, não podemos deixar de mencionar a criação do Coleiro. Para tanto, partimos de experiência própria e de consultas a muitos criadores, entre eles Geraldo Magela Belo, 011-8105282, de Epaminondas Castaldelli Júnior 011-4304543, e do expert no assunto Mário Corrêa Leite 012-3581786.
O Celeiro, sem dúvida, é o mais popular dos pássaros rasileiros, como disse o amigo Epaminondas Jr. em seu artigo no Jornal do CUBIVALE N. 11. Seu tamanho diminuto facilita o manejo. É a maior paixão de crianças ne gostam de pássaros. Esse lindo passarinho cantador é quase sempre o primeiro tipo de pupilo dos passarinheiros.
Foi o meu primeiro, quando tinha 6 a 7 anos, lá pela linha Manhuaçu. Havia centenas deles por perto de minha casa. Hoje bem mais escasso, mas ainda é, certamente, o que existe em maior número pelo Brasil afora. Conhece-se, pelo menos, quatro formas diferentes: o coleiro de gola e o peito branco, o Sporophila caerulescens; o cabeça preta o peito amarelo Sporophila nigricoilis; o de gola e do peito amarelo; o cabeça preta do peito branco. Sobre esses dois últimos há controvérsias sobre sua classificação científica. É preciso uma melhor definição dos técnicos e livros existentes sobre a questão.
Certamente serão subespécies do S. caerulescense do S. nigricoilis ou cruzamento entre eles. O difícil é conhecer as fêmeas de cada um, são idênticas. O mais comum é o S. Caerulescens - ode gola, coleira e de peito branco - e é aquele que mais se cultiva, afirmam os mais entendidos que é o mais valente e cantador.
A característica principal do Coleiro é gostar de passear e de ser submetido a muita lida, isto é, quanto mais manuseado (mexido) mais canta. E seu desempenho nos torneios de canto e fibra está em relação direta com a dedicação que seu dono lhe dispensa. Depende muito disso. É, todavia, de fácil lida e fica logo muito manso com um ouço de carinho. Em suma, o Coleiro é uma ave muito apreciada por todos os segmentos de passarinheiros e para vários objetivos, especialmente os torneios de canto. Agora, pela Portaria 057 do IBAMA, só podem ser transacionados, sair de casa e participar de torneios aqueles que forem criados em ambientes domésticos e que tiverem anilha fechada, como prova disso.
Está aí, também, a Portaria 118, que é a de criadouro comercial, a pessoa física ou jurídica que quiser montar um só falar com o IBAMA, em sua respectiva Superintendência Estadual. Dessa forma, compete-nos então, reproduzi-los em larga escala para poder suprir a grande demanda que está aí. Quem quiser e puder praticar sua procriação, terá, com certeza, sucesso garantido. O Coleiro reproduz-se com mais facilidade que o bicudo e o curió e com uma produtividade excelente. Na natureza, o Centro Sul do Brasil, costuma procriar entre os meses e novembro e março.
Conhecido também como: Coleirinha, Coleirinho, Papa-Capim, Coleira - Coleira Laranjeira — é um pássaro de porte pequeno, 11 cm de comprimento, envergadura 17 cm, com 14 penas grandes em cada asa. De cor preta chamuscada na cabeça e costas; abdome branco ou amarelo; mosca branca nas asas; garganta preta em cima de uma gola branca para ter logo abaixo uma coleira de um preto bastante intenso. Os olhos enegrecidos são circundados com pequenas penas claras, formando um gatinho. Bico é delicado e possui tons amarelados, cor de laranja. Há um marcante dimorfismo sexual: a fêmea tem a cor diferente do macho. Ela é parda, castanho claro, a mesma cor dos machos jovens que vão gradativamente se tornando pretos, e já procriam pardos com a idade de 7/8 meses.
Distribui-se por grande parte do Brasil, especialmente o Centro-Sul e países limítrofes. Preferem as beiradas de matas, pomares, pastos, brejos, capoeiras e praças das cidades.
Na natureza é um pássaro territorialista, isto é, quando está chocando demarca uma área geográfica em torno do ninho onde o casal não admite a presença de outras aves da espécie. Canta muito e assim delimita seu território. Quando não estão na época da reprodução, contudo, podem ser vistos em pequenos grupos junto com os filhotes. Estão sempre à procura de alimentos, tipo semente de capim verde. Para isso, agarram-se aos finos talos dos cachos para poderem se alimentar; são especialistas nisso.
Embora o braquiâria, seja um capim exótico, apreciam muito sua semente e ele tem ajudado muito como alimento. Nos meses de julho e agosto costumam se juntar em grandes bandos, especialmente nos anos de seca prolongada. Nessas ocasiões, o fogo costuma destruir os capinzais fazendo com que os nossos queridos pássaros desesperados e famintos procurem os locais onde possam encontrar comida, muitas vez(es)
até no interior das cidades. Seu canto é simples, melodioso e a frase musical tem, em geral, poucas notas; entre cinco ou dez. Não repetem o canto, mas retomam muito rápido em alguns casos um a dois segundos de espaço entre um canto e outro.
Existe uma infinidade de dialetos; na verdade, cada ecossistema possui um próprio. Todavia, há alguns que são mais apreciados e cultivados pêlos criadores. São eles: o tuí-tuí-zero-zero ou tuí-tuí-zel-zel (o mais comum), exemplo desse canto está na fita do Cabrito; já nos cantos mais sofisticados, considerados clássicos, o Coleiro emite a terceira nota, assim: tuí-tuí-grom-grom-grom-ze-ze-zel-zel-zeli ou tuí-tuí-tcho-tcho-tcho-tchá-tchá-tchaá e outras variações, para frases bem parecidas. A diferença está apenas no entendimento e na interpretação de segmentos de criadores nas nomenclaturas onomatopéicas das notas. Há criadores que cultivam esse tipo de canto como é o caso de João da Quadra 016-6334186. É exemplo desse tipo de canto são as gravações dos Coleiros Mirante e Capricho.
A alimentação básica deve ser de grãos, notadamente o alpiste 50%, painço amarelo 30%, senha 10%, niger 10%, acrescentar periodicamente o painço português legítimo. É salutar que de disponibilize, também, ração de codorna misturada a 50% com milharina adicionando Mold-Zap® à base de 1 gr. por quilo.
Dois dias por semana administrar polivitamínico tipo Orosol®, Rovisol® ou Protovit®, este à base de 2 gotas para 50ml d'água. Já sua alimentação especial para a fase de reprodução deverá ser a seguinte. Quando houver filhotes no ninho, em uma vasilha separada, colocar 3 vez(es)
ao dia, farinhada assim preparada: 6 partes de milharina, 1 parte de farelo de soja torrado, 1 parte de germe de trigo, premix F 1 da Nutrivet® (4 colheres de sopa para 1 quilo), sal 2 gr. por quilo, Mold-Zap® 1 gr. por quilo, Mycosorb® 2 gr. por quilo.
Após tudo isso estar muito bem misturado, coloque na hora de servir uma gema de ovo cozido e uma colher cheia de "aminosol®" para uma colher bem cheia de farinhada. Dá-se larvas, utilizando a chamada "praga da granja"; é a melhor e tem mais digestibilidade. Oferecer até o filhote sair do ninho. Essa larva é miúda e condizente com o tamanho do bico do Coleiro.
É bom, também, colocar à disposição das aves "farinha de ostra" batida com areia esterilizada e sal mineral (tipo aminopan®). Outra questão importante diz respeito ao lugar adequado para que eles possam exercer a procriação. Esse local deve ser claro, arejado e sem correntes de vento. A temperatura ideal deve ficar na faixa de 25 a 35 graus Celsius e umidade relativa entre 40 e 60%. O sol não precisa ser direto, mas se puder ser, melhor.
A época para a reprodução no Centro Sul do Brasil é de novembro a maio, coincidente com o período chuvoso e com a choca na natureza. Deve-se utilizar gaiolas de puro arame, com medida de 60cm comprimento X 30cm largura X35 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola. A tala, a medida entre um arame e outro não pode ser maior do que 13mm.
No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar papel, tipo jornal, para ser retirado todos os dias logo que a fêmea tomar banho.
Logo depois se deve retirar a banheira para colocá-la no outro dia bem cedo. O ninho, tipo taça, tem as seguintes dimensões: 6 cm de diâmetro X 4 cm de profundidade, e será colocado pelo lado de dentro da gaiola. Pode ser feito de bucha ( Luffa cylindricd) por cima de uma armação de arame. Para estimular a fêmea prender raiz de capim ou fiapos de casca de coco, assim ela cobrirá o ninho com estes materiais. O número de ovos de cada postura é quase sempre.
Cada fêmea choca 3/4 vez(es) por ano, podendo tirar até 8 filhotes por temporada. As coleiras podem ficar bem próximas umas das outras separadas por uma divisão de tábua ou plástico, mas não podem se ver, de forma alguma. Senão, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer.
Utilizar um macho de excelente qualidade, de preferência um campeoníssimo, para 5 fêmeas. Nunca deixá-lo junto pois ele quase sempre prejudica o processo de reprodução, quase sempre mata os filhotes. O melhor, é colocá-lo para galar e imediatamente afastá-lo da fêmea. O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Com 8 meses, ainda pardos, já poderão procriar. As anilhas serão colocadas do 7° ao 10° dia, com anilha 2,3 mm - bitola 1 a ser adquirida do Clube onde seja sócio. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de mãe quando estão no ninho. Fundamental, porém, é que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactérias são os maiores inimigos da criação, e têm as suas ocorrências inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro. Armazenar os alimentos fora da umidade e não levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, são cuidados indispensáveis.
Os tipos de torneio mais comuns são:
1) Fibra – os pássaros são dispostos em círculo, um a 20 centímetros do outro; aquele que mais cantar no final da prova é o que ganha;
2) Canto livre- Ganha aquele que mais cantar em 5 minutos, ele compete sozinho, não é analisada a qualidade do canto;
3) Canto Clássico — A ave é examinada sozinha durante 5 minutos; ganha aquela que tiver o canto mais perfeito dentro do padrão pré-escolhido. Tem sido realizados torneios de Coleiros por quase todo o Brasil; sem poder citar todos, destacamos aqueles que tivemos a oportunidade de presenciar ou ser convidado: Porto Alegre-RS , Florianópolis-SC SAC, Paranaguá- PR , Jacareí -SP- CÜBIVALE , Ribeirão Preto-SP, Campos-RJ , Cachoeiro do Itapemirim-ES, Belo Horizonte -MG, Brasília-DF, São Paulo-SP SERCA, Duque de Caxias-RJ. Como vimos, as regiões são as mais diversas, a paixão é nacional, sem fronteiras.
Por fim, como sempre dissemos, não podemos deixar de mencionar mais essa importante questão: como em todos os tipos de pássaros canoros, os produzidos domesticamente têm muito mais qualidade do que seus irmãos selvagens, isto porque poderemos cruzar os melhores com melhores. Isso é um grande fator de incremento da criação. Quem poderá duvidar disso, a seleçâo através da genética funciona, e funciona bem. É só testar.
A confiança da classe é grande, a responsabilidade também, os aficionados são muitos, a demanda é enorme, as matrizes estão aí, capturar é proibido; daí criatórios em ação, o respeito da sociedade e hobby preservado.
Aloísio Pacini Tostes – Ribeirão Preto-SP
Revista SOBC 2002
Arquivo Editado em 31/10/2004
Última edição por MARTÍN em Qui 05 Fev 2015, 19:25, editado 4 vez(es)
Re: A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
Martin.
Dizem que o coleirinha foi o primeiro pássaro da maioria dos criadores de silvestres.
Na realidade, a quantidade de jovens que participa dos torneios de fibra dos coleiros é enorme. Pena que a maioria não se dedique a criação.
Aqui na região os torneios de fibra dos coleiras são muito concorridos.
A propósito, alguém conhece e tem o endereço (Mail, fone, etc) do Tião dos coleiras?
José Carlos.
Dizem que o coleirinha foi o primeiro pássaro da maioria dos criadores de silvestres.
Na realidade, a quantidade de jovens que participa dos torneios de fibra dos coleiros é enorme. Pena que a maioria não se dedique a criação.
Aqui na região os torneios de fibra dos coleiras são muito concorridos.
A propósito, alguém conhece e tem o endereço (Mail, fone, etc) do Tião dos coleiras?
José Carlos.
José Carlos Pereira- Membro do Fórum
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José o meu primeiro pássaro foi um periquito australiano azul....rs, mas depois também tive alguns passarinhos silvestres, naquela época ainda casava coisa que condeno e sou contra hoje mas naquela época era comum fazer isto e tinha varias coleirinhas e canários terra mas gostava mesmo era de ver as aves se reproduzindo, e por ser mais fácil parti para os exoticos e logo apos os canários que estou até hoje.
Estou te enviando um telefone por MP(mensagem privada) não sei se é este o tião mas vai lá....rs
Abraço.
Estou te enviando um telefone por MP(mensagem privada) não sei se é este o tião mas vai lá....rs
Abraço.
Re: A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
Obrigado, Martin.
Ouvi falar do Tião dos coleiras. Criador que cria ótimos pássaros ocupando todos os cômodos da casa. Ehehehehhe. Vi um vídeo sobre ele, mas sem endereços.
Bem, você começou com domésticos, e o periquito geralmente é o primeiro. Se tivesse começado pelos silvestres, certamente, como é jovem, teria sido pelos coleiras.
Bem, sobre caçadas tenho histórias e mais histórias. Afinal, iniciei na "profissão" com sete ou oito anos de idade, há 66 anos portanto. Claro que, naquela época, caçar pássaros era natural e sem remorsos ou culpas. Meu pai, sempre enérgico, não admitia que aparecesse em casa com fêmea de canário-da-terra caçada. Fazia eu voltar ao local onde fora caçada e soltasse. Isso se não sobrasse umas varadas de marmelo pelas pernas. Dizia ele que a fêmea de ponto, se o macho parceiro fosse caçado, arranjava outro no bando e continuava o ciclo reprodutivo. Se a caçasse, o ciclo seria interrompido. Aprendi com os conselhos e as varadas. Ehehehehheheheh. Essa é uma das causas da sobrevivência dos canários soltos, agora em bandos cada vez maiores. Sustentabilidade, diria o Tite. Era conhecido por Zé Gaiola porque sempre estava com uma presa no porta-embrulhos da bicicleta Bianchi ou Hércules. Um dia volto aos preparativos para as caçadas, o durante e o depois.
José Carlos.
Ouvi falar do Tião dos coleiras. Criador que cria ótimos pássaros ocupando todos os cômodos da casa. Ehehehehhe. Vi um vídeo sobre ele, mas sem endereços.
Bem, você começou com domésticos, e o periquito geralmente é o primeiro. Se tivesse começado pelos silvestres, certamente, como é jovem, teria sido pelos coleiras.
Bem, sobre caçadas tenho histórias e mais histórias. Afinal, iniciei na "profissão" com sete ou oito anos de idade, há 66 anos portanto. Claro que, naquela época, caçar pássaros era natural e sem remorsos ou culpas. Meu pai, sempre enérgico, não admitia que aparecesse em casa com fêmea de canário-da-terra caçada. Fazia eu voltar ao local onde fora caçada e soltasse. Isso se não sobrasse umas varadas de marmelo pelas pernas. Dizia ele que a fêmea de ponto, se o macho parceiro fosse caçado, arranjava outro no bando e continuava o ciclo reprodutivo. Se a caçasse, o ciclo seria interrompido. Aprendi com os conselhos e as varadas. Ehehehehheheheh. Essa é uma das causas da sobrevivência dos canários soltos, agora em bandos cada vez maiores. Sustentabilidade, diria o Tite. Era conhecido por Zé Gaiola porque sempre estava com uma presa no porta-embrulhos da bicicleta Bianchi ou Hércules. Um dia volto aos preparativos para as caçadas, o durante e o depois.
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Re: A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
Sporophila caerulescens (macho) - Fotos extraídas do Wikipédia.
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Re: A CRIAÇÃO DE COLEIRINHA
Boa noite pessoal.
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