Carlito Lemo Para Presidencia da COM-HS.

Não tenho nenhuma amizade pessoal com este rapaz, mas a pouca experiência que tenho com homens públicos me leva a crer que, se for eleito, tanto a FOB quanto a COM/HS estarão bem representadas, o Carlito sabe tudo e muito mais em matéria de ornitologia, e me parece ter um bom caráter. Quanto a presidência da FOB, tem bons candidatos, inclusive ele e o Burani; Mas o grande vício da nossa federação tem sido a perpetuação de pessoas nos cargos chaves da diretoria, principalmente na presidência. A natureza humana tem dificuldade em lidar com isto, depois de uns dois mandatos consecutivos do mesmo grupo, as pessoas esquecem de onde vem o dinheiro que administram, começam a agir como se a instituição fosse de sua propriedade, e os desvios de conduta se instalam quase naturalmente.

Vejam a CBF do João Avelange e seu genro Ricardo Teixeira, a FIFA de Michel Blater e Cia, Brasil do Getúlio Vargas, Brasil dos militares, Brasil do PT, Síria dos Assad, Egito de Mubarak, Líbia de Kadaf, Itália de Mussolini, Alemanha de Hitler, a frota de carros ocidentais de luxo na Russia comunista de Leonid Brejnev, e por aí vai... Isto é quase geral, histórico, são poucas as exceções; Sejam nações, estados, cidades, partidos, clubes, federações e até igrejas...Se os mandatários se alongarem no poder, sentem-se donos, e as coisas desandam; sempre que o homem concentra dinheiro e poder durante muito tempo, começa cheirar a estrume. Para mim o único mandatário eterno é DEUS, o grande arquiteto do universo.

Fato notório e emblemático do que estou dizendo é o que ocorre no poder judiciário e no ministério público; Lá os magistrados e procuradores são vitalícios, mas a presidência dos tribunais e procuradorias é bienal, e completou setenta anos cai fora automaticamente. Tanto nos tribunais de segunda e terceira instancia, quanto no Supremo Tribunal Federal, a cada dois anos elege-se um novo presidente. Não estou afirmando que o judiciário e o ministério público é uma casa de vestais, mas que a rotatividade no poder, como norma, injeta novas ideias e tem a capacidade de ir lapidando as instituições.