A polêmica do Jiló
Página 1 de 1 • Compartilhe
A polêmica do Jiló
Nesse artigo você confere como o jiló tem se tornado uma grande polêmica no meio dos criadores.
Olá pessoal, hoje vou falar sobre o jiló, esse pequeno legume que tem dado o que falar entre os criadores.
ORIGEM
O jiló (Solanum gilo Raddi) tem sua provável origem no continente africano, sendo muito cultivado no Brasil. Geralmente considerado como um legume, o jiló é na realidade o fruto de uma planta da família das solanáceas, tal como a berinjela. O Jiló é rico em Vitamina A, B, C, Cálcio, Fósforo, Ferro além de ser uma razoável fonte de carboidratos e proteínas.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Perguntamos para vários criadores sobre o jiló. Muitos me informaram que não oferecem o jiló a seus pássaros, porém, outros informaram que ofereciam periodicamente o jiló, ou seja 50% dos criadores que perguntei oferecem jiló e outros 50% não oferecem.
Os criadores que não oferecem jiló a seus pássaros, afirmam que as aves gostam muito do jiló, porém acabam deixando de comer as rações e sementes necessárias e com maior teor de vitaminas e proteínas, para se fartarem das poucas vitaminas contidas nele.
Os criadores que oferecem o jiló a seus pássaros, afirmam não ter nenhum problema com suas aves, oferecem o jiló periodicamente sem nenhuma restrição, e afirmam que seus pássaros estão saudáveis.
Mas podemos oferecer o jiló aos pássaros sem qualquer restrição?
Como vimos o jiló é rico em vitaminas A, B, C, Ferro, Cálcio, Fósforo e contém quantidades razoáveis de carboidratos e proteínas. Porém, temos que nos atentar ao detalhe do cultivo do produto. Muitos dos agricultores que cultivam esse legume utilizam fertilizantes e inseticidas muitas vezes em alta quantidade, para proteger o produto de pragas e assim aumentar a resistência do produto.
Existem agricultores que cultivam o jiló de forma orgânica ou natural, sem uso de inseticidas ou fertilizante, obtendo um produto totalmente natural. Porém a produção desse tipo de jiló é certamente menor e mais difícil de se encontrar no mercado.
O criador deve analizar os seguintes pontos:
A procedência do produto: Verifique se o jiló foi cultivado com algum tipo de inseticida ou fertilizante nocivo à saúde, lembre-se que o pássaro é uma ave de pequeno porte, sendo assim se o produto possuir a presença desse tipo de defensivo, mesmo oferecido em pouca quantidade pode fazer mal, levando até ao óbito do pássaro.
A Freqüência e a quantidade oferecidas: Saber dosar a quantidade oferecida é a chave para não ocasionar problemas de saúde ao pássaro, nunca oferecer o jiló diariamente, como já vimos a ave pode ficar viciada e assim deixar de comer outros alimentos importantes para a saúde dela. A freqüência deve ser a mínima possível, 1 a 2 vezes por semana e em quantidades pequenas, limitadas a meio jiló ou seja 1 jiló por semana para cada pássaro.
Estado físico do produto: Verifique sempre se o jiló esta com bom aspecto físico, deve-se prestar atenção na coloração, tamanho e na consistência do legume, oferecer sempre um jiló bem verde, de tamanho médio e de consistência bem firme. Jiló murcho não é bom sinal, podendo fazer mal ao pássaro.
As dicas são bem fáceis de seguir, porém cada criador utiliza uma maneira de oferecer o jiló, isso é algo que não podemos influenciar, o que quero alertar com esse artigo, é que muitos criadores oferecem em excesso, trazendo assim maus hábitos as aves. Deixar de dar esse legume não levará o pássaro a ter nenhuma carência de vitaminas e proteínas, pois elas são encontradas em outros alimentos que oferecemos sempre a eles.
Escrito por: Dante Daniel Testa
A polêmica do jiló.
Boa noite amigos do Universo dos Canários!
Caro Martin, muito boa esta matéria, está dito quase tudo o que se diria sobre o assunto. Todavia, dentre as suas observações, creio que o maior problema seja os agrotóxicos, não só no cultivo do jiló, mas da maioria absoluta das verduras, frutas e legumes, incluindo aí a soja usada amplamente em nossas farinhadas. O metabolismo dos pequenos pássaros é muito sensível para suportar a ação destes venenos e em pouco tempo podem estar com o fígado comprometido.
É bom quando podemos plantar e colher pelo método de produção orgânica; Desta forma com certeza teremos ótimos aliados para a saúde de nossos pássaros, caso contrário, temos que avaliar muito bem as fontes de onde procedem estes alimentos. Eu sempre criei bem dando couve aos canários, mas hoje estou meio assustado com a qualidade do que chega por aqui. Depois de descobrir que colocam conservante na espiga de milho verde para durar mais no supermercado, o desconfiômetro fica à mil rsrs.
DAVI COUTINHO- CONSULTOR GERAL
-
Mensagens : 1256
Pontos : 1455
Idade : 70
CIDADE/CITY : São Paulo
ESTADO/PROVÍNCIA : SP
Re: A polêmica do Jiló
Ola amigos, bom dia.
Excelente artigo Martin, assim como o comentário feito pelo Davi.
Eu quando criava canários e olha que foram quase quarenta anos de criação, sempre dei jiló a eles, em pequenas porções dias alternados.
Mas o que me levou a escrever foi uma dúvida que me surgiu ao ler este tópico. Tenho acompanhado as publicações sobre criação de canários e tenho notado que muitos criadores pararam de fornecer principalmente verduras a seus canários por medo do agrotóxico que pode estar contido nos produtos.
Sera que na plantação de alpiste e outras sementes não é usado agrotóxicos? Confesso nunca ter lido nada a respeito.
abraço.
Excelente artigo Martin, assim como o comentário feito pelo Davi.
Eu quando criava canários e olha que foram quase quarenta anos de criação, sempre dei jiló a eles, em pequenas porções dias alternados.
Mas o que me levou a escrever foi uma dúvida que me surgiu ao ler este tópico. Tenho acompanhado as publicações sobre criação de canários e tenho notado que muitos criadores pararam de fornecer principalmente verduras a seus canários por medo do agrotóxico que pode estar contido nos produtos.
Sera que na plantação de alpiste e outras sementes não é usado agrotóxicos? Confesso nunca ter lido nada a respeito.
abraço.
A polêmica do jiló.
Boa tarde amigos do Universo dos Canários!
Olá meu caro Francisco! Sinto falta de suas postagens por aqui, você que foi um companheirão no Staff deste fórum. Quanto aos agrotóxicos nas sementes eu já pesquisei o assunto e vai aqui um pouco da informação que consegui:
O alpiste; que trata-se de uma ótima semente em termos de equilíbrio nutricional; é uma gramínea muito resistente, produzido em clima extremamente frio onde as pragas proliferam menos; Em países como o Canadá ele é quase uma praga, desta forma praticamente dispensa o uso de agrotóxicos no seu cultivo.
O painço; também conhecido como milho alvo, é uma boa semente em termos nutricionais, não necessita de muito agrotóxico no seu cultivo e devido sua casca lisa e compacta protege muito bem os grãos de contaminações.
A colza não é um bom alimento, devido sua própria toxidade, é muito cultivada na Europa para produção de óleos industriais; e o óleo de canola (colza) que se vende por aqui, "como ótimo para a saúde", passa por um processo químico de refino para serem retirados os componentes tóxicos.
O niger; é sem dúvida uma das melhores sementes em termos nutricionais, e como é de origem indiana, eles culturalmente usam pouco agrotóxico nas lavouras; os criadores antigos diziam que é a única semente que não pode faltam numa mistura.
O nabão é bastante nutritivo, mas sofre a ação de agrotóxicos no seu cultivo, também deve ser administrado com cuidado, porque a casca das sementes são muito fracas, deixando a polpa vulnerável a todo tipo de contaminação;
A aveia é um bom alimento pelo seu alto teor de carboidrato e aminoácidos, e não necessita de muitos agrotóxicos no cultivo, mas como usamos ela descascada, devem ser adquiridas sementes novas ou destinadas ao consumo humano, para evitar o uso de sementes contaminadas por fungos e bolores.
A perila; é também uma ótima semente do ponto de vista nutricional, com pouco uso de agrotóxicos no seu cultivo, mas pelo preço elevado, tem baixa rotatividade no mercado, o que proporciona o comércio de sementes muito velhas, mofadas e até impróprias para consumo;
Os problemas de contaminação das sementes podem ocorrer no cultivo, transporte, armazenamento e distribuição, neste trajeto necessitam de muitos cuidados para evitar a proliferação de fungos e bolores dentro dos grãos; O alpiste, o painço e o níger com certeza são as sementes mais seguras para alimentação de pequenos pássaros, mesmo assim é bom examinar bem a qualidade de cada uma na hora da compra.
DAVI COUTINHO- CONSULTOR GERAL
-
Mensagens : 1256
Pontos : 1455
Idade : 70
CIDADE/CITY : São Paulo
ESTADO/PROVÍNCIA : SP
Re: A polêmica do Jiló
Boa noite amigos.
Olá Davi, tenho evitado um participar do UDC por medo de uma crise de ¨abstinência¨ (rsrsrsrs), ainda não faz um ano que me desfiz dos canários. Sempre entro no fórum, mas fico só na leitura.
Obrigado pela resposta, muito elucidativa como sempre.
abraço
Olá Davi, tenho evitado um participar do UDC por medo de uma crise de ¨abstinência¨ (rsrsrsrs), ainda não faz um ano que me desfiz dos canários. Sempre entro no fórum, mas fico só na leitura.
Obrigado pela resposta, muito elucidativa como sempre.
abraço
Re: A polêmica do Jiló
A única polemica que eu vejo é o preço, 9 reais o quilo, aqui da para uma rodada, no mais ta tudo certo!
Edward Xavier- Membro do Fórum
-
Mensagens : 315
Pontos : 341
Idade : 63
CIDADE/CITY : Parapuã
ESTADO/PROVÍNCIA : sp
Re: A polêmica do Jiló
A única polêmica que vejo é tu que some e aparece do nada kkkk, vê se aparece mais.
Re: A polêmica do Jiló
Ola, sou novo na criação de passaros mais vou dar uma dica ( eu fasso isso ) , eu so dou alimentos plantados em casa mesmo como jilo , couve e etc ... Vc com 3 pezinhos de jilo ja na produção da pra fazer a alimentação tranquilo e sem preocupação, os jilo aq em casa estao estragando, uma horta de 3x3 m da pra fazer a alimentação do passaro e pra sua família...
Pedro H Belgas- Membro
-
Mensagens : 11
Pontos : 19
Idade : 28
CIDADE/CITY : Santos Dumont
ESTADO/PROVÍNCIA : Minas Gerais
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos