O Canto!! Interfere demais na criação de pintassilgos no hibridismo!!
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O Canto!! Interfere demais na criação de pintassilgos no hibridismo!!
O Canto!! Interfere demais na criação de pintassilgos no hibridismo!!
Texto escrito por Fábio Chanes
Olá Universo,
Por cultura o brasileiro aprendeu a valorizar o canto em primeiro lugar do que a qualidade do standart ou mutação de um pássaro!
Em todos os pássaros silvestres brasileiros o canto tem sido influência nº1 na sua criação em cativeiro, tudo começou com o Ana Dias, curió caçado na região de Praia Grande que tinha um canto diferenciado e a partir dele nasceu o canto clássico que não tem muito haver com o canto natural do curió, esquecendo-se de 3 belos cantos de curiós que estão sumindo, o Paracambi, o Sorocaba e o Cachoeira e que no meu gosto o canto Sorocaba é o mais belo dos cantos dos curiós!!
No caso dos pintassilgos temos os 3 cantos, roda d'água, corrida e metálico, porém os criadores pouco se importaram primeiro em regionalizar o canto para conhecer melhor cada sotaque regional de cada pintassilgo e de cara elegeram o metálico como mais bonito e valorizado!!
Aí quando começamos a trabalhar com o hibridismo visando o melhoramento genético, o canto do canário é praticamente um ultraje no híbridos desvalorizando eles, sem primeiro notar o que eles tem de material genético e possível fertilidade para trazer algo novo!
Os europeus nunca se preocuparam com o canto no caso do hibridismo, utilizam os loxias, carduelis, serinus e o canário doméstico como base, sem se preocupar com o que vão cantar, querem mais é conseguir material genético novo!
Enquanto ainda na nossa mentalidade e cultura o canto estiver acima do que é o hibridismo técnico, ainda continuaremos a engatinhar neste categoria!!
Tenho para mim que um F1 de carduelis qualquer com canário deveria ter os dois cantos mesclados também, mas o valor no mercado um destes seria ignorado e pouco procurado!!
Para se hibridar de forma correta a base começa-se com os canários, é bem notório isto nas diversas hibridações já realizadas pelos europeus, lógico que temos híbridos de carduelis com outros serinus, com carduelis de espécies diferentes, com loxias, com carpodacus e até mesmo com algumas espécies de emberizideos, mas a base para se começar a trabalhar aprender e aprimorar a técnica é com os canários!!
Por isso enquanto o canto for a primeira coisa a ser analisada em um híbrido, pouca coisa se conseguirá em matéria de novidades no Brasil!!!
Para os que valorizam o canto, o melhor é criar os carduelis buscando então montar árvores genealógicas como já se tem em outras espécies e assim ter na genética destes o canto, outro ponto que não vejo ocorrer nos criadores de pintassilgos, a grande maioria é imediatista e desanima-se rápido com experiências que venham a fazer!!
A rotatividade também de seus plantéis é algo que me chama a atenção, poucos criadores possuem pássaros em seu criadouro com mais de 5 anos, estão sempre trocando, comprando, vendendo e assim jamais criando um vinculo importante que é o aprende fazer plantéis!!
Mesmo para se trabalhar com a hibridação a necessidade de se montar plantéis e aprender mantê-los é importante, aprender a observar qual dos pássaros é mais propensos a ter facilidade de hibridar-se com espécies diferentes, é um fator de suma importância, pois há pintassilgos que apenas criam com fêmeas de sua espécie, há pintassilgos que só criam com canárias e há os que criam com tudo que colocarem com eles!
E para isto tem que se esquecer o canto! Colocar na cabeça que é uma técnica diferente, aonde se busca o novo e não apenas o canto!
Hibridar é algo que esta acima da qualidade do canto ou qual canto terá o híbrido, é buscar material genético mais apurado para novas possibilidades de mutações e inovações ornitológicas!!
Um grande abraço
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