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Ácaro da traquéia 1ª Parte.

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Ácaro da traquéia 1ª Parte. Empty Ácaro da traquéia 1ª Parte.

Mensagem por UNIVERSO DOS CANÁRIOS Qui 04 Jul 2013, 22:04

Ácaro da traquéia



O Fantasma dos Criadores de Canários



Nomes estranhos como Sternostoma tracheacolum, mais comum, Cytodites nodus ou Psittanyssua e mais uns 30 nomes esquisitos como estes, não assustam tanto o criador de canários quanto ouvir o simples apelido "ácaro de traquéia". Estes são alguns dos tipos desse verdadeiro fantasma para os canaricultores do Brasil e do mundo.

O ácaro de traquéia encontra-se no meio ambiente, alimentando-se de detritos e poeira, Instala-se oportunamente nas vias respiratórias das aves, podendo atacar a traquéia, sacos aéreos, pulmões e até mesmo ossos pneumáticos. Esses ácaros provocam lesões inflamatórias no trato respiratório, provocando irritação e perda da "voz", e em casos extremos pode ocorrer morte por asfixia devido a alta infestação.

O tratamento de eleição para controlar esses ácaros é o uso da ivermectina, administrada de 15 em 15 dias até sanar o problema. Tomar cuidado com a época de aplicação e período de recesso na reprodução, para sucesso no tratamento.

Esses períodos devem ser analisados e determinados pelo veterinário responsável pelo plantel, de acordo com a espécie, condições nutricionais e fisiológicas da ave.

Ao se necropsiar uma ave parasitada por ácaros, encontra-se um quadro de intensa irritação do trato respiratório (pontinhos pretos) desde a traquéia até os pulmões. Essa irritação provoca dificuldade respiratória, queda no sistema imunológico e uma conseqüente instalação de patologias, secundárias (Mycoplasma, bactérias, vírus, fungos) que geralmente são a causa das mortes nas aves. Muitas vezes, mesmo matando o ácaro, as cicatrizes das lesões não permitem uma total recuperação da "voz", e em outros casos não se observam seqüelas.

Levando-se em conta a grande extensão do sistema respiratório das aves, a cronificação dessas infecções secundárias pode tornar-se um problema de difícil solução por atingir os sacos aéreos que estão distribuídos por todo corpo. É fundamental que o veterinário diagnostique e trate essas infecções para evitar a morte do animal.

Esse é o maior erro de todos os criadores, achar que o ácaro é um problema isolado enquanto ele apenas abre portas para infecções mais sérias. A ivermectina apenas mata o ácaro, enquanto a infecção secundária deve receber a terapia específica.

Qualquer terapia não deixa de ser mais um estresse para o animal, de onde devemos concluir que a prevenção continua sendo a melhor via de sucesso na criação. Isto não significa o uso de medicamentos para a prevenção que é praticamente um crime, e sim, cuidados de manejo como alimentação balanceada e contínua (sem mudanças bruscas), ausência de correntes de vento, evitar levantar poeira no criadouro (varrições) e outras formas de estresse conhecidas pelo criador.

Com uma prevenção cuidadosa e a detecção imediata das mais discretas alterações, o fantasma torna-se o que na verdade sempre foi : Nada.


Fonte;
Rodrigo Silva Miguel
médico veterinário (CRMV SP 10.552)


1. Cytodites Nudus

(Ácaro dos Sacos Aéreos das Aves)
Este ácaro também vive nos brônquios, traquéia, fígado, rins e coração das aves.

Os sintomas são:
Emagrecimento, perda de apetite, tosse, estertores e liberação de muco sanguinolento da traquéia.

Tratamento:
Administre um expectorante (iodeto de potássio e benzoato de sódio).

2. Dermanysus Gallinae

(Ácaro que ataca o corpo dos pássaros)
Causa sérios danoas à criação. Devido à quantidade de ácaros que infesta cada pássaro, leva rapidamente à anemia e, se não for combatido, leva à morte. Chamado de vermelhinho, parasita também o homem.

Os sintomas são:
Tristeza, mucosas pálidas, emudecimento e perda do apetite; a plumagem perde o brilho e as penas das asas e da cauda apresenta-se como se estivessem roídas.

Tratamento:
Pulverizações do produto Dipterex, usado em dosagens a 0,15%, podendo ser aplicado tanto nas aves quanto nas instalações. Cuidado com comedouros e bebedouros. Pode-se também utilizar creolina nas instalações.

3. Knemidokoptes jamaicensis
(Ácaro da Sarna Podal dos Canários)
As fêmeas escavam galerias nas patas, onde há a formação de crostas, sendo que estas ficam repletas de ácaros em diferentes fases de desenvolvimento.

Diagnóstico diferencial:
Não confundir com popilomatose das patas (unilateral).


Tratamento:
Benzoato de benzila 25% e enxofre (pó) dissolvido e misturado em vaselina líquida.

4. Kenemidokoptes pilae
(Ácaro da Sarna Cnernidocóptica dos periquitos) Aspecto dorsal e ventral.
Há inflamação e exsudado inflamatório nas patas e bico, que desaparecem, dando formação a um tecido esponjoso.


Tratamento:
Benzoato de benzila 25% e enxofre.


5. Protoplylloes gaíndarinua
(Ácaro das penas da cauda e asa das aves)
Tem erroneamente o nome de lêndea.


Tratamento:
Usa-se álcool (embebido numa escovinha) para limpeza das penas, pois tem efeito mortal para esses ácaros. Não utilizamos o éter porque o seu emprego em quantidades maiores pode ocasionar lesões no cérebro do pássaro.


6. Sternostoma tracheacolum
(Ácaro da Asma–Fole-de-Canário)
Esse ácaro ataca as vias respiratórias e o pulmão do canário, e parasita à traquéia, os brônquios, os sacos aéreos, o parênquima pulmonar e o fígado.


Os sintomas são:
Ruídos respiratórios resfolegantes, anemia, dispnéia, ausência de canto; o pássaro abre freqüentemente o bico e tenta limpa-lo no poleiro.


Transmissão:
Contato direto do animal infectado para o sadio.


Tratamento:
Para a inflamação dos sacos aéreos dá-se antibiótico de largo espectro e polvilha-se a gaiola, coberta por um pano, com um produto acaricida durante 5 minutos, com as aves expostas. Repete-se o tratamento por mais duas horas.

7. Syrongophilus bipectinata
(Ácaro do Canhão das Penas das Aves) As penas ficam repletas de material seco e acumulado onde se encontram os ácaros, caem e pode haver inflamação. No periquito ataca a base das penas, ocasionando a queda das mesmas, deixando a área onde estavam implantadas com aspecto crostoso. Tem a cor castanho-escuro.


Tratamento:Aplique diretamente sobre o pássaro, produtos fosforados
(Malathion, Malatol) que atingem tanto piolhos como ácaros ectoparasitas. Evite que os produtos caiam na água e nos alimentos.


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Mensagem por ANGELO BASTOS Qua 31 Jul 2013, 11:31

SÓ COM O IVOMEC DO COMUM.
PROQUE EM MINHA CIDADE NÃO ENCONTRO O POR ON.
ABRAÇO
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Mensagem por Telo Qua 31 Jul 2013, 11:46

Como mencionou o Amigo Angelo, faço a mesma coisa aqui em casa,  tiro algumas penas e aplico 2 gotas do Ivomec Injetável na coxa.  

Abraços.
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Mensagem por Rodrigo Miranda Qua 31 Jul 2013, 15:50

Também aplico ivomec pour on, mas na nuca da ave.

Eu li uma reportagem que dizia que o ideal é se aplicar na nuca e não na coxa, pois a coxa fica mais próxima do aparelho digestivo e reprodutivo do animal e poderia causar algum problema nesses.

Vários criadores já me disseram que também aplicam na coxa e nunca tiveram nenhum tipo de problema, apenas coloquei o observação acima para avaliação dos amigos...
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Mensagem por Francisco C. Bom Qua 31 Jul 2013, 15:50

Ola Telo

Você nunca teve problemas usando o injetável, sempre ouvi dizer que é muito forte.
 
abraços
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Mensagem por ricamol Qua 31 Jul 2013, 21:23

eu já tive este problema com um canário amarelo e apliquei o Ivomec pour on na nuca e o bichinho ficou bom e hoje canta muito na casa da minha cunhada.


abraço
ricamol
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Mensagem por ANGELO BASTOS Qui 01 Ago 2013, 11:23

UMA ÉPOCA PERDI UM CANÁRIO COM ÁCARO POR MEDO DE FORNECER O IVOMEC, OU SEJA, MORREU MESMO NÃO FORNECENDO.
A ÚLTIMA VEZ QUE ACONTECEU NOVAMENTE NEM PENSEI DUAS VEZES, FORNECI UMA GOTA DIRETO NO BICO (IVOMEC COMUM) E REPETI MAIS DUAS VEZES DE 15 EM 15 DIAS.
HOJE ESTÁ CANTANDO BEM E VOU CRUZA-LO PARA VER SE VAI CRIAR NORMALMENTE.
A GOTA NO BICO FOI DADA DIRETO DA SERINGA COM A AGULHA NO LOCAL.
ABRAÇO
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Mensagem por Henrique Dias Qui 01 Ago 2013, 11:55

Faço duas aplicações do ivomec por on por ano uma em junho e outra em fevereiro na nuca tambem !!

Abraços
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