DICAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM CRIADOURO.
Página 1 de 1 • Compartilhe
DICAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM CRIADOURO.
DICAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM CRIADOURO.
INSTALAÇÕES
O projeto das instalações deve ser baseado nos objetivos da criação e nas características das aves. Os objetivos básicos de um projeto são:
Ø proteção contra o tempo - calor e frio extremos
Ø proteção contra insolação
Ø ventilação adequada
Ø utilização eficiente do trabalho
Ø promover conforto para as aves e os tratadores
Ø fornecer as necessidades das aves.
No Brasil existe uma diversidade muito grande de climas. Esta variação também se estende às regiões de ventos. Verifique o mapa de ventos do Brasil em qual região seu criatório de aves está localizado. Para qualquer uma destas regiões, as características da construção deve prever um ambiente agradável para as aves e para as pessoas que lidam com elas diariamente. Na região I temos poucos ventos e temperaturas altas, nesta região devemos ter muito cuidado em projetar a ventilação. Já na região V, caracterizada por muitos ventos e temperaturas frias, a preocupação deve estar voltada tanto para proteção dos ventos frios, quanto para o aquecimento e trocas de gases. Para cada região a planta do criatório irá depender das particularidades de cada região.
UMIDADE
A umidade relativa indicada para galpões é de 50 a 60% (mínima 32% e máxima 68% para aves em geral). Ela pode ser reduzida por ventilação. A umidade é um fator muito importante para manutenção dos embriões na primeira semana de incubação, fase em que são muito sensíveis. Na fase de eclosão dos ovos a umidade adequada favorece a ruptura da casca sem lesão da pele do embrião.
VENTILAÇÃO
O dióxido de carbono, a amônia, o metano e outros gases possíveis de serem inalados pela ave em uma criação, irritam desde o sistema respiratório até os olhos ou a pele, provocando desconforto, queda de produção de ovos e diminuição do crescimento das aves jovens e da resistência a doenças. Além de poderem causar desconforto nas pessoas que permanecem trabalhando muito tempo neste local.
A ventilação das instalações pode depender do movimento natural de ar. Esta movimentação pode ser fornecida por saídas naturais estratégicas de ar, ou por ventilação forçada, sendo que esta última trás gastos de energia. O sistema de ventilação forçada pode ser controlado automaticamente por timer (temporizadores elétricos) e termostatos, que controlam a temperatura. Na ventilação incluímos a eliminação dos gases, bem como do vapor de água, distribuindo o ar seco e fresco com um mínimo de corrente de ar. As aves suportam até certo ponto o frio, mas não suportam vento e correntes de ar, ou mesmo choques térmicos. Geralmente o estresse por frio causa diarréias inespecíficas ou problemas respiratórios.
Em locais de clima muito quente a ventilação deve ser máxima, para remover o calor, a umidade excessiva e os gases. Em climas frios, quando se efetua uma troca de ar máxima para redução de gases, pode haver o aumento da umidade, com a condensação sobre equipamentos, pele, e instalações.
Uma ventilação adequada para manter o ambiente seco, também deve fornecer ar puro. Para que a ventilação adotada refrige o ar e renove a umidade, temos que usar como base a temperatura e a umidade relativa do ar externo, pois devem ser inferiores àquelas do ar interior.
A ventilação deve ser prevista no projeto de construção ou reforma de uma sala de criação. De um modo geral a troca de ar de um ambiente é função básica da ventilação, e pode ser classificada das seguintes formas:
Ø Ventilação Natural ou espontânea:
Ø Ventilação Artificial ou forçada:
VENTILAÇÃO NATURAL
A ventilação natural é provocada por ação dos ventos ou por diferenças de temperatura. Precisa necessariamente que haja um caminho para este ar. A ação dos ventos, escalona a pressão no sentido horizontal, maior na entrada e menor em local distante. Diferenças de pressão da ordem de 0,05mm H2O, são suficientes para causar correntes de ar. Esta ventilação provocada por ventos pode ser intensificada por abertura dispostas corretamente. As portas ou janelas devem ser colocadas em paredes opostas e na direção dos ventos dominantes. As diferenças de temperatura provocam variações de densidade do ar no interior da salas, causando diferenças de pressão escalonadas no sentido vertical. Esta ventilação pode ser intensificada fazendo aberturas no lado A e B da figura, permitindo ventilação adequada por diferença de temperatura.
A diferença de nível entre as aberturas é importante para promover o deslocamento de ar. Podemos usar as chaminés de saída de ar, ou colocar abertura nas coberturas, que arrastam o ar, pela formação de uma camada de ar móvel entre o forro e o telhado. Este fator se deve ao fato da insolação incidir sobre as telhas e aquecer o forro. Mostramos alguns esquema práticos de saídas de ar natural por diferença de temperatura. Quando os ambientes são grandes podemos usar lanternins. Quando há necessidade de eliminação do calor da insolação sobre as coberturas, é essencial proteger o ambiente com forro. Nestes casos devemos prever aberturas na parte baixa da cobertura para a entrada de ar e aberturas idênticas na parte alta para saída do ar.
A ventilação pode também ser definida por mais dois sistemas:
Ø convecção por gravidade: o ar úmido e quente sobe e sai através de uma abertura no ápice do telhado. Esta abertura segue todo o trajeto da culmieira e denomina-se lanternins . Isto produz uma espécie de vácuo no chão da sala, fazendo com que o ar entre pelas laterais da construção (janelas e telas). As aberturas laterais podem ser reguladas por cortinas. Os ventiladores podem ser usados neste tipo de instalação fazendo a circulação do ar, mas não podem ser utilizados com a finalidade de mover o ar de dentro para fora, fazendo a troca de gases.
Ø ar forçado. o sistema de ar forçado usa ventiladores com pressão positiva ou negativa. Esta pressão permite uma mistura de ar e uma troca mais eficiente. Sem a pressão existe a tendência da formação de correntes de ar, principalmente em salas mal projetadas.
Ø ventilação por pressão positiva: usa um ventilador na extremidade da sala, que empurra o ar para um ducto que percorre toda a extensão da instalação, liberando o ar de forma homogênea através de orifício existentes em toda a sua extensão. A pressão de ar aumenta fazendo com que o ar quente saia por abertura próximas ao piso e por torres de exaustão localizados nas paredes externas.
Ø ventilação por pressão negativa: utiliza ventilador de exaustão, que puxa o ar para fora. O ar entra por aberturas sob cada beiral, controlados por placas reguláveis. Neste sistema podemos ter correntes de ar. Este ventilador deve mover 0,06 a 0,23m3 de ar por minuto por ave (ave do porte de frango). Em regiões frias pode ser reduzida para 0,02m3 por minuto e poderá ser elevada em climas quentes. Isto dependerá das características da sala, número de aves e clima da região.
Em climas frios controlar a ventilação é difícil, mas podemos usar ventiladores de velocidade múltipla. A perda de calor pode ser compensada pelo aumento do número de aves na sala. Devemos verificar se o custo adicional de alimento e trato será mais barato que um aquecimento artificial.
A ventilação natural por meio de janelas permite a ocupação higiênica de 1 pessoa para cada 20m3 de habitação (circulação de 40m3/h/pessoa). Para uma criação de aves uma habitação higiênica permite 18 casais de canários, curiós, bicudos, diamante e outros do mesmo porte, por 20m3. Quanto maior a concentração de aves, maior será a exigência de renovação de ar.
CONCENTRAÇÃO DE AVES: 18 casais de Bicudos ou Curiós por 20m3.
MANEJO TÉRMICO DAS INSTALAÇÕES
O projeto da sala deve ser verificado antes de uma reforma ou construção. O isolamento dos tetos e das paredes é essencial para manter a sala aquecida em regiões de clima frio; e manter frio em regiões de clima quente. O isolamento deve ser espesso e delicado (valor mínimo de R de 12 a 15 no teto, e de 8 a 10 nas paredes).
Instalações com pé direito muito alto, para favorecer os funcionários, faz com o espaço geral aumente e haja dissipação do calor do corpo da ave. Isto é indesejado em regiões de clima frio e podendo ser favorável em regiões de clima quente. Já projetos com pé direito baixo e insolação adequada, podem reduzir os gastos e evitar o aquecimento artificial das aves.
Os filhotes, principalmente aqueles criados artificialmente, são dependentes de aquecimento. Este aquecimento pode influir positivamente a sobrevivência da ave, no desempenho de crescimento da nesta fase, e posteriormente quando for adulto.
As fontes de aquecimento podem ser lâmpadas, campânulas a gás e aquecedores portáteis. A fonte de aquecimento deve ter a possibilidade de ser afastada ou aproximada das aves, na dependência da temperatura ambiente. As lâmpadas podem ter um bulbo branco ou infravermelho.
UMIDADE RELATIVA DO AR
A umidificação do ar consiste no aumento do seu conteúdo de umidade conseguido através de injetores de vapor; recipientes com água, a qual é vaporizada por aquecimento, e borrifadores de água quente ou fria. O ar umidifica quando é posto em contacto com a água a uma temperatura superior à temperatura de orvalho do ar.
A desumidificação consiste na redução do conteúdo de umidade do ar. Pode ser feita por meio de refrigeração ou secagem química passando o ar por substâncias higroscópicas como CaCl2, o Na, H2SO4, etc. A umidade relativa do ar deve estar entre 38-67%. Quando temos valores menores devemos molhar as instalações, deixar banheiras todos os dias para as aves, mesmo na criação. As aves saudáveis no choco podem ter banheiras todos os dias nas gaiolas. Uma ave saudável não fica encharcada após o banho, então não se resfria e nem deixa o ninho; já uma fêmea com problemas deixa o ninho após o banho, porque encharca as penas, fica fria, e não quer chocar mais. Observação simples às vezes não é suficiente para se detectar um problema de uma fêmea.
PROTEÇÃO CONTRA A INSOLAÇÃO
Genericamente, podemos diminuir o desconforto térmico causado pela insolação das salas de criação por métodos de proteção:
Ø das paredes:
Ø pintando-se as paredes com cores claras
Ø sombreando-se por meio de vegetação ou pára- sóis
Ø isolando-se com materiais isolantes do lado de fora
Ø adotando materiais para parede com grande ca pacidade calorífica - tijolos de barro (esta medida é melhor que a anterior)
Ø das coberturas:
Ø forro (é o mais barato com ou sem ventilação)
Ø telhas claras
Ø isolantes térmicos
Ø materiais de grande inércia térmica (demora para aquecer e esfria devagar)
Ø superfícies transparentes:
Ø sombreamento por vegetação
Ø pára-sóis verticais no leste e no oeste, e horizontais no norte.
Ø cortinas, persianas internas, vidros pouco trans-parentes ou mesmo vidros reflexivos são pouco eficientes. Devemos lembrar também que o sol que passa pelo vidro não ativa vitamina D, causando descalcificação nas aves. As basculantes das janelas comerciais impedem a ventilação.
COMEDOUROS E BEBEDOUROS
Existe uma variedade muito grande de formas, cores e resistência dos materiais que compõe comedouros e bebedouros . Podem ser de plástico (resistentes), porcelana clara (para fácil lavagem), ou de metais (alumínio) para aves como psitacídeos que costumam destruir estes vasilhames . Potes de barro são porosos, além de serem difíceis de lavar e esterilizar, podem ser roídos por qualquer tipo ave. Algumas criações exigem comedouro automático, com a utilização de correntes ou dragas para distribuição do alimento de forma uniforme.
Os bebedouros automáticos tem o volume controlado por meio de bóias. A água se não for corrente, deve ser trocada uma vez ao dia. Evite o posicionamento dos comedouros em baixo de poleiros, pois as aves defecam na comida e na água, ingerindo-os posteriormente.
Quando mantidos em viveiros, bebedouros e comedouros podem ser protegidos pela cobertura do viveiro, caso contrário devemos cobri-los, sem apoiá-los no solo. O altura ideal dos comedouros e bebedouros para aves em crescimento é a altura do ombro, mesmo para aqueles que são posicionados próximos a poleiros.
CAMA E RECHEIO DOS NINHOS
Algumas aves são criadas sobre camas. Estas camas devem ser absorventes e não tóxicas. Podem ser usadas maravalhas ou raspas de madeira, não tratada para cupins. Podem ainda ser usadas palha de arroz, e feno. Peruzinhos e pintainhos são criados em camas de 5cm de espessura, havendo necessidade de se aumentar a espessura para manter uma umidade baixa.
Não aconselhamos palha de milho ou sabugo, ou mesmo bagaço de cana, pois podem fermentar e se contaminar com fungos, que serão inalados pelas aves, principalmente as jovens.
Palhas naturais, bucha natural, sacos de batatas não alvejados, barbantes, galhinhos, são alguns materiais que podemos oferecer para as aves fazerem seus ninhos. Evite usar ninhos de fibra artificial ou feltro, pois soltam fibras cortantes, que enrolam e necrosam os dedos de aves jovens e adultas.
Evite o uso de jornais ou papel corados, pois as tintas produzem chumbo, tóxicos para as aves em contacto. Use papel pardo, se for o caso.
No caso dos Bicudos, a raiz seca de capim é utilizado como estímulo à confecção dos ninhos.
TELAS
Telas são usadas tanto para as paredes dos viveiros, quantos na parte externa dos criadouros como forma de evitar a entrada de predadores, aves silvestres e insetos. As melhores telas para viveiros são aquelas trançadas, que conferem maior resistência. A dimensão de sua malha e dos arames irá depender da espécie a ser criada, para evitar que saiam do viveiro, ou que a destruam.
As telas para evitar roedores devem ser metálicas, e não de plástico, pois estas últimas criam uma camada eletrostática que impede a troca adequada de ar. As telas de dimensões muito pequenas para segurar insetos são plásticas, nestes casos, pense bem na ventilação. Os metais agüentam a maioria dos métodos de desinfecção, exceto os iodos, que os corroem.
As dimensões de abertura da rede de malha soldada são em geral 13x13mm, 25x13mm 16x16mm, 19x19mm e 25x25mm; os arames possuem espessura de calibre 20 a 12. O calibre 16 é adequado para papagaios, e o calibre 12 é recomendado para aves destruidoras. As redes 25x25mm deixam passar roedores grandes, sendo perigoso seu uso em viveiros, já a rede 25x13 deixa passar roedores pequenos. A indicada seria a malha 13x13 para viveiros de psitacídeos. O ideal mesmo seria que os viveiros tivessem duas fileiras de malha, para impedir que as aves furem e voem, bem como impedir a entrada de roedores e pássaros grandes, como gaviões.
Algumas criações adotam espaços telados anteriores as entradas dos viveiros, para evitar acidentes de fuga das aves durante o manejo das mesmas.
LOCALIDADE DOS VIVEIROS
Não devem estar próximos de passagens de carros e pessoas estranhas, bem como animais (gatos, aves e cães) .Deve haver uma parede de alvenaria fechando o lado sul, evitando os ventos frios desta região. O posicionamento deve ser baseado na culmieira das instalações estando dirigida no sentido leste-oeste, e a frente deve estar voltada para o norte. As instalações com orientação leste-oeste, terão menor incidência direta do sol sobre as aves, fonte ativa de calor.
PISO
Existe uma variedade de comportamentos entre as aves, as quais determinam o sistema de piso. Por exemplo os faisões, ciscam pedrinhas e insetos no chão formando grandes buracos. Quando estes estão próximos às telas podem permitir a fuga , e quando chove criam lama e empoçam água, que sendo ingerida pelas aves pode causar doenças e indisposições, devendo ser fechados assim que forem observados.
O solo deve ser sêco e com boa drenagem. O piso pode ser acimentado na área de solário para favorecer a limpeza e evitar lama no período de chuva. O restante poderá ser de grama ou mesmo cimentado. Verificar a inclinação (mínimo 1% a 4%; 10% para avetruz e emas) do terreno, e uma calha de coleta no final da área telada (oposta a parede dos fundos). Caso a opção seja usar cimento, toda área deve receber uma camada de areia de 5cm, para evitar problemas de erosão da patas, desgaste das penas, e quebra dos ovos.
Para as aves criadas em gaiolas, caso dos Bicudos, o ideal é que elas não tenham acesso ao piso. No caso de comerem areia, esta deve ser fornecido em comedouro a parte, pois se estiverem no chão, as aves comerão areia e fezes, podendo se contaminar. Devemos lembrar que apesar de ser natural comerem areia para auxiliar a digestão na moela e como fonte de alguns sais, a ave em cativeiro é mais susceptível a doenças. Forrar os pisos com papel cortado do tamanho do fundo facilita o manejo das gaiolas.
Algumas criações que possuem tela separando a ave do piso, usa areia no piso (que deve estar bem distante da grade para que a ave não alcance), que deve ser rastelada e jogada fora de tempos em tempos.
Qualquer forma de piso deve ter as seguintes características:
Ø resistência;
Ø impermeabilidade reduzida;
Ø queda para água;
Ø fácil limpeza e desinfecção;
Ø ser antiderrapante para evitar acidentes com as aves e os tratadores.
POLEIROS
As espécies de aves ornamentais (pavão, faisão adultos) dormem em poleiro a cerca de 1,50 metros do solo (formato de "T"). As espécies como faisão e perdiz chucar de abate, mesmo com poleiros preferem dormir no chão, mas nos viveiros devem haver poleiros espalhados pelo recinto.
Em dias de chuva as aves devem ter opção de poleiros cobertos e expostos.
O poleiro ideal é o de madeira , de preferência galhos naturais, com superfície irregular. Caso use poleiro de ferro, estes devem ter entre 5 a 10cm de diâmetro para aves grandes (faisão, macuco, jacutinga, papagaios, araras, gaviões, etc.) ou um diâmetro que a ave se agarre firme (aves pequenas). Os poleiros devem estar em alturas diferentes do solo para estimularem o vôo. Caso haja mais de um poleiro, devem ser mantidos à uma distância de 30 cm, se as gaiolas comportarem esta distância. Para aves como faisão, macuco, jacutingas, perdiz, e pavão, etc., na época do acasalamento os poleiros devem ser retirados para que as fêmeas não quebrem os ovos com a queda.
Os poleiros devem ser fixos, pois o movimento de rotação perturba a ave .Nunca usar poleiro com bordos retos. Em caso de aves que costumam roer madeira, use madeira dura para poleiro e forneça pedaços de galhos de árvores para roer. Em grandes criações de psitacídeos, os poleiros tem que ser computados mensalmente nos gastos de material de reposição, pois estas aves tem hábito freqüente de destruí-los.
Proceder sempre que necessário a limpeza dos poleiros. Os poleiros de dormir, para aves pequenas, possuem ranhuras para facilitar a fixação durante o sono. Caso os poleiros das gaiolas fiquem lisos demais, usar uma faca de serra para raspar, fazendo ranhuras. Não aconselhamos poleiros ocos. No entendimento popular eles atraem os piolhos, mas na verdade o piolho prefere formar colônias nestes poleiros. Por esta mesma causa, as fendas que fixam as extremidades dos poleiros às grades, devem ser limpas constantemente pois, são fontes de colônias de piolhos.
PLANTAS ORNAMENTAIS
As plantas ornamentais tem sido muito utilizadas para ornamentar os viveiros, ambientar as aves, e fazer proteção de sol, frio e de predadores. Árvores frutíferas como acerola, pitanga, amoreira, desde que não fiquem muito altas podem ser usadas. Evitar vegetação espessa para facilitar a coleta de ovos e traumatismos das aves . Porém podem ser destruídas em pouco tempo pela ação das fezes e urina que mudam o solo e queimam as folhas. As aves tem tendência a estragar estas vegetações. Plantas como buchinha, coqueiros e palmeiras são comumente usadas. Evitar samambaia, comigo-ninguém-pode, espada de São Jorge, guiné, pois são tóxicas para as aves.
Na criação de Bicudos pode-se colocar algumas samambaias longe das gaiolas, para que transmitam um ambiente mais agradável.
TEMPERATURA AMBIENTE
Na fase inicial da vida das aves, a temperatura é relativamente controlada pela fêmea, deste que não haja oscilações grandes na temperatura ambiente. Com o controle artificial da temperatura ambiente, inicialmente as aves respondem bem a uma temperatura de 32 a 37°C, e posteriormente deve ser reduzida 3°C por semana até atingir 21 a 24°C, para aclimatação.
Quando as temperaturas do recinto estão muito altas, as aves não tem disposição, ficam com a respiração ofegante e cansadas. No frio, podem ficar com hipotermia e vir a morrer. Devemos observar que a umidade relativa do ar deve estar entre 38-67%.
Em uma pesquisa realizada em galinhas, determinaram qual a faixa de temperaturas críticas que afetam o desempenho das galinhas poedeiras. Através de pesquisas nas diferentes criações, poderemos verificar se estes dados são confirmados para outras espécies. Na tabela de temperaturas verificamos que, o intervalo de variação ideal é de 20 a 30°C, e o intervalo de tolerância de curta duração é de 0 a 35°.
ILUMINAÇÃO
A iluminação pode ser feita com luz natural e lâmpadas de 40 a 60watts. No caso do uso de campânulas, estas iluminam ligeiramente o recinto. Nunca entre no recinto à noite usando lanternas, causaria muito stress. Quando a luz funciona como aquecimento, procure usar filete infravermelho ou lâmpada de vidro fosco, para que a luz não fique muito forte no período noturno. A iluminação noturna ideal é de 15watts. Lâmpadas fosforescentes e fluorescentes podem ser utilizadas. Para tratar pássaros doentes as lâmpadas infravermelha com refletor são as ideais. Psitacídeos costumam se aproximar das lâmpadas de aquecimento, causando queimaduras principalmente na altura do papo. Procure deixá-los afastados da lâmpada, ou as deixe altas o suficiente para que não alcance, principalmente se escalar as paredes do alojamento.
GAIOLAS E VIVEIROS
As medidas básicas variam para cada espécie. O comprimento é a medida mais importante para o alojamento de uma ave, devido a sua capacidade de vôo. Ou seja, as gaiolas deveriam ser mais largas do que altas. A maioria das gaiolas de bicudos e curiós estão padronizadas pelos criadores.
Nas fases de filhotes apartados; na separação de machos e fêmeas; e para manutenção de aves reprodutoras, o ideal é usar as gaiolas voadeiras, com 6 a 8 aves por gaiola no máximo, usando vários comedouros e bebedouros. Gaiolas maiores e maior quantidade de alimento e água, geram menos estresse e menor índice de mortalidade. Qualquer ave submetida a viveiros ou gaiolas maiores sofrem menos estresse.
Veja alguns projetos de criadouros de nossos membros [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Artigo extraído do extinto Nação dos Canários
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BENEZ, ESTELA MARIS. Aves – Criação – Clínica – Teoria – Prática Robe Editorial – 3.a Edição 2001.
TOSTES, A.P. Criação de Curiós e Bicudos. Ed. Scala, Ribeirão Preto, 1997.
Tópicos semelhantes
» Dicas para reproduzir srd
» Dicas valiosas para iniciantes.
» Dicas para reformar gaiolas.
» DICAS PARA CRIAR TARIM.
» MELHOR COR INTERNA PARA CRIADOURO?
» Dicas valiosas para iniciantes.
» Dicas para reformar gaiolas.
» DICAS PARA CRIAR TARIM.
» MELHOR COR INTERNA PARA CRIADOURO?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos