UNIVERSO DOS CANÁRIOS
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Pode acasalar canários irmãos!?

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Mensagem por jairo portugal Seg 27 Jul 2015, 14:42

ola
Gostaria de saber opinião de voces
se pode acasalar filho com mãe!?
e irmãos!?
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Mensagem por Ricardo Ronsini Seg 27 Jul 2015, 15:32

Jairo, na minha opinião deve-se evitar os cruzamentos consanguíneos, especialmente entre parentes de 1° grau, é certo que esse tipo de cruzamento pode ressaltar certas características desejadas na prole, mas assim também como outras não desejadas, há uma maior probabilidade de falhas imunológicas e deformações físicas.

Sobretudo não recomendo o cruzamento entre irmãos, que compartilham maior semelhança no código genético.
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Mensagem por ROGÉRIO QUEIROZ Seg 27 Jul 2015, 20:36

Jairo qual seria o seu objetivo?

A consaguinidade é muito utilizada na Canaricultura, principalmente para se fixar uma qualidade dessa família.

Porém como disse acima o Ricardo há riscos, principalmente quando se acasala irmãos.

O acasalamento entre filhosXpaisXavos,etc. não trás riscos. Mas tem que se saber o momento em que se abre o sangue, ou seja em que se introduz novos espécimes.

Vamos aguardar mais comentários.


Abraços,
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Mensagem por José Carlos Pereira Seg 27 Jul 2015, 22:17

Prezado Jairo.
Há anos um amigo me fez a mesma pergunta. Achei interessante e escrevi alguma coisa. Tomo a liberdade de postar. Acho que nele encontrará a resposta. Criei pastores alemães durante algumas décadas e, na criação, não são permitidos cruzamentos muito próximos.
José Carlos.



BOLETIM DO CRIADOURO CAMPO DAS CAVIÚNAS
                        Nº 13     JANEIRO  DE 2004
                   REDATOR:  Dr. JOSÉ CARLOS PEREIRA
      RUA JOAQUIM DO PRADO, 49.  CRUZEIRO/SP. TELEFAX  0XX12 31443590          
                                          [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]



Prezado Diego.

Vamos lá para a heterose. Deve-se levar em conta que ainda há dificuldades até na definição.
Sempre que deparar com o prefixo hetero deve pensar em diferente, contrastando com homo, que leva-nos ao igual ou semelhante.
Qualquer processo genético seletivo tem que passar pelo conceito básico da eliminação dos piores. Sempre se deve usar os melhores padreadores para, a cada geração, conseguir melhorias no plantel para as qualidades que se busca. Se não forem afastados os piores, não se chegará a lugar nenhum. Essa eliminação deve alcançar membros da progênie que fujam do padrão estabelecido pelo criador e também os padreadores (masculinos e femininos) que não marquem a progênie com o padrão desejado. Ah, o sonho de um padrão para os nossos Sicalis flaveola brasiliensis!

Vários são os métodos de seleção que podem ser usados, todos com as suas vantagens e desvantagens:
1- Inbreeding. Cruzamento (fala-se em acasalamento quando juntam-se macho e fêmea da mesma raça) entre parentes, procurando-se fixar características de determinados ancestrais (ou ancestral) na progênie. Dão origem a linhagens muito bem estabelecidas e prepotentes com o aumento do número de homozigose (alelos idênticos de um par de genes de determinado lócus, por exemplo, olho preto/olho preto, sendo cada alelo transmitido por um dos pais). Vamos aos pastores, pois, no seu desenvolvimento genético, há todas as variantes necessárias para exemplos: as linhas ditas de estrutura ou de show mantêm grande semelhança feno/genotípica dos seus membros graças a um grande número de homozigoses determinadas por fortíssimas consangüinidades. No inbreeding, os pontos negativos são as possibilidades do aparecimento de características indesejáveis, como a reduzida resistência às doenças e a queda da fertilidade (embora eu não tenha trabalhos sobre o assunto, muitos criadores mais antigos de pastores show notaram que, através dos anos, diminuíram não só o índice de fertilidade das suas fêmeas como o tamanho das ninhadas). É bom notar que muitos genes que afetam o vigor e a fertilidade são recessivos, portanto, somente manifestando-se em homozigose. No inbreeding, os portadores de características indesejáveis devem ser eliminados definitivamente dos cruzamentos para evitar danos irreparáveis para o plantel. O closebreeding é o exagero do inbreeding, cruzando-se parentes muito próximos, como pai com filha e irmão com irmã, desaconselhado em muitas raças de animais, proibida em outras como os pastores, por aumentar muito os efeitos indesejáveis do inbreeding, embora, em poucos casos, possa gerar animais excepcionais;

2- Linebreeding. Também conhecido por consangüinidade linear. Usa, o máximo possível, a presença de um indivíduo no pedigree (CRO), evitando quanto possível a consangüinidade.  Por não causar aumento rápido da homozigose, não expõe muitos genes recessivos indesejáveis. É um sistema bem seguro, desde que a seleção dos indivíduos explorados seja severa. Foi muito usado no início da seleção da linha de pastores alemães de estrutura, criando-se linhas excepcionais capitaneadas por cães como Quando e Canto Wienerau (com o tempo essas linhas evoluíram, para o bem para uns e para o mal para outros, para o sistema inbreeding com um número enorme de consangüinidades) e ainda muito usado por alguns criadores de pastores da linha de trabalho. Exige o uso de raçadores excepcionais  como líderes das linhas sangüíneas. Creio que é o que o Taddei vem fazendo com o Jép e que, no futuro, se continuar com os cruzamentos programados evoluirá para duas vertentes: a-Continuar o linebreeding, usando outros raçadores, o que, lhe permitirá no futuro o cruzamento entre as linhas criadas, até, em algumas delas, a heterose ou b-Evoluirá para o inbreeding. No momento tenho um filhote com forte closebreeding  1-2 no Jép (Jép-Jép, filho do Jép com Caçula, uma filha do próprio Jép). Outra alternativa para o grande selecionador para fibra seria o crossbreeding, usando os melhores entre as linhas de sangue diferentes que formará;

3-Outcrossing. Nada mais é do que a heterose. É o cruzamento de indivíduos não relacionados. Hoje, aceita-se como cruzamento entre indivíduos da mesma raça, desde que não relacionados geneticamente. Usa-se muito para o controle qualitativo de características determinadas por mais de um gene (poligênico) como tamanho, velocidade, temperamento e fertilidade. Como nesse método é muito difícil que se cruze dois indivíduos portadores dos mesmos alelos para uma característica indesejável, há o melhoramento genético ou vigor híbrido que, por definição é o mesmo que heterose. Portanto, a heterose somente pode ser considerada se  o resultante for mais forte do que os pais.

Se for bem combinado com o inbreeding, pode controlar alelos recessivos indesejáveis. Nesse ponto encontramos o desejo do Diego de fazer inbreedings até uma certa geração, formando um bom número de homozigoses, que favoreceriam a manifestação de alelos recessivos indesejáveis e, então, partir para a heterose para melhorar a qualidade, aumentar a taxa de fertilidade, o vigor híbrido e controlar os alelos indesejáveis. Não é muito fácil e exigirá muitos anos de perfeito controle do plantel e uma consciência selecionadora que não poderá jamais transigir com o ruim ou mesmo com o mediano. É trabalho para gente jovem. Eu, na idade que estou, não posso pensar muito no longo prazo.

Assim, irei de linebreeding com uma heterosezinha básica complementar. Existem alguns subtipos de heterose: a-Cruzamento linear, entre duas linhas inbreeding, procurando somar as qualidades das duas; b-Grading, também conhecido por cruzamento absorvente, entre um garanhão de ótima qualidade com fêmeas de qualidade abaixo da média. Não aconselho a ninguém; c- Crossbreeding, que permite uma seleção muito interessante: faz-se crossbreeding entre duas raças, seleciona-se os animais com as características desejadas e faz-se inbreedings entre eles para fixar essas qualidades. Também pode ser usado somente para produzir heteroses para melhorar fertilidade, resistência às doenças e bom temperamento. Como sempre, há a necessidade de padreadores altamente qualitativos, não se admitindo jamais o  meia boca; d -Hibridação. É a heterose radical, o vigor híbrido no topo, mas, por não haver pareamento cromossômico, esterilidade. O cruzamento entre espécies diferentes: cavalo  ou égua(Equus caballus) x jumenta ou jumento(Equus asinus) = mulo(a) ou Serinus(Serinus canarius) fêmea x pintassilgo (Spinus magellanicus ictericus) = pintagol.

Prezado, essas são algumas pinceladas sobre a heterose. Não esgota o assunto, pelo contrário, está muito longe disso, mas cria condições para o debate. Tenho comigo algumas regrinhas essenciais para qualquer metodologia de criação: 1-Criar sempre com o melhor possível; 2- Alta seleção das fêmeas para as qualidades que se quer, pois, além de ter 50% da responsabilidade genética da progênie, vai imprintar, se me permite o termo, os filhotes; 3- Ter muito cuidado com os extremos do inbreeding e do outcrossing; 4- Ter um planejamento para não se perder na genética e escorregar na maionese; 5- Ter humildade para voltar atrás e replanejar o programa de cruzamentos, pois, teimosia e genética são incompatíveis; 6- Não ter vergonha de "copiar" o que um criador já fez ou faz com sucesso. Dizem que ninguém é tão gênio para não precisar aprender e tão burrinho a ponto de não ter nada a ensinar; 7- Não viver enclausurado, ermitão que não troca informações.

O caranguejo ermitão vive entocado, na dele, mas quase sempre termina no fundo de uma panela. Nenhum criador vai conseguir alguma coisa com a genética sem trocas constantes de informações. Uma vida não é suficiente para, trabalhando isolados, conseguirmos os resultados almejados. E, como não temos sete vidas como os gatos...!; 8- Ter olho, e cérebro é claro, isentos para julgar com imparcialidade necessária as qualidades do plantel de outros criadores e as deficiências do nosso plantel. Aqui, a cegueira do criadouro é fatal; 9- Nem sempre o bom padreador para as qualidades que se quer acrescentar ao plantel está nas estacas dos torneios. Pode estar numa gaiola de um criador pouco conhecido nesses cantões do nosso grande Brasil; 10- Capacidade para avaliar as deficiências e as qualidades do plantel, facilitando a busca do padreador, ou da matriz, capazes de corrigi-las ou melhora-las; 11- Ter na cabeça que correções de várias deficiências do plantel dificilmente serão resolvidas por um só padreador, ou matriz, e, principalmente, numa só geração. Somente o trabalho seqüencial qualitativo, persistente e imparcial poderá levar a algum lugar;12- Selecionar pela genética é trabalho de longo prazo. No curto prazo, somente comprando os ganhadores dos torneios por altas somas. E, assim mesmo, é um caminho  mais de incertezas do que certezas. Curto prazo, nem ações da Vale, sô!  e 13- Jamais tentar uma heterose sem conhecer a fundo a genética dos pássaros a ser usados, com consangüinidades ou homozigoses confiáveis.

Não poderia deixar de citar um outcrossing que seria muito interessante e que, ao meu ver, ainda muito pouco explorado. O cruzamento entre as 4 subespécies reconhecidas do Sicalis flaveola (flaveola flaveola, o venezuelano, flaveola valida, o peruano, flaveola brasiliensis, o nosso querido e flaveola pelzelni, muito querido e conhecido no sul brasileiro). Pô, que mico sô, deve estar pensando muita gente, será que não sabe que já houve e há muitos desses cruzamentos heteróticos (não confundir com erótico. Nada demais, porque alguns passarinheiros estão mais assanhados com a passarinheira do que criador quando recebe anilhas do IBAMA) entre essas subespécies? Realmente há, mas, na grande maioria das vezes, os resultados são frustrantes. É comum ouvirmos: os mestiços, resultantes do cruzamento de brasiliensis com peruanos e, mesmo  os peruanos puros, não rendem nas rodas de fibra e outras quizumbas mais.

A culpa é fácil de ser colocada nos pobres peruanos. Afinal, não falam e não sabem tirar o deles da reta. Vejo dois erros elementares, mesmo para o Watson: 1- Usamos na criação os bons brasiliensis, mas quase sempre os peruanos que aqui aportam não são os melhores andinos e 2- Teríamos que criar uma linhagem com bons peruanos, cruzando os melhores que aqui temos entre eles formando uma linha qualitativa pelo inbreeding e, depois, partirmos para a heterose linear, cruzando os melhores do inbreeding com peruanos com os melhores de um inbreeding entre os brasiliensis, ou pelzelnis para não desgostar os amigos do Sul. O mesmo poderia ser feito entre venezuelanos e peruanos, pelzelnis ou brasiliensis, entre basiliensis e pelzelnis, etc. Estaríamos, assim, copiando os bons trabalhos já realizados com zebuínos, bubalinos e eqüinos. Sempre lembrando que a heterose visa melhorar a progênie, devendo os mestiços ser melhores do que os pais para as qualidades que se quer fixar. Se assim não for, ela perde a conceituação e a graça. Para atiçar: sendo brasiliensis e  valida subespécies da espécie Sicalis flaveola, os filhos não seriam sub-híbridos?
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Mensagem por CRIADOURO GOUVEIA Ter 28 Jul 2015, 12:33

BELO TEXTO JOSÉ , CREIO QUE TUDO PODE SER FEITO DESDE QUE TENHAMOS CONHECIMENTO E BENEFÍFIOS E MALEFICIOS QUE A PRATICA OCASIONARÁ  E SEMPRE COM UM OBJETIVO PRÉ DETERMINADO , ACASALAR IRMÃOS OU PARENTES SÓ POR FALTA DE OPÇÃO NÃO CREIO QUE SEJA UMA BOA IDÉIA ...
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Mensagem por DAVI COUTINHO Ter 28 Jul 2015, 15:24

Boa tarde amigos do Universo dos Canários!

Apesar da matéria do Dr. José Carlos ampliar o conceito para uma maior diversidade de amimais, alem dos pássaros, os dados são confiáveis e aborda a matéria de forma técnica com definição das diversas formas de cruzamento usadas no aperfeiçoamento genético.

Peço licença ao meu amigo Dr. José Carlos para meter meu bedelho no seu trabalho, para fazer breves comentários e resumir alguns destes conceitos para melhor compreensão: 
1-)  Inbreeding - Cruzamento entre parentes para fixar características desejáveis de determinados ancestrais.
2-) Closebreeding - Cruzamento fechado, entre pais e filhos e irmãos com irmãos, desaconselhado, porque entre outras coisas diminui a fertilidade e a resistência a doenças. Todavia inicialmente pode produzir indivíduos de bom fenótipo pelo alto grau de homosigoses. 
3-) Linebreeding - Conhecido como consanguinidade linear, usa-se o máximo possível a presença de um indivíduo, com as qualidades desejadas, nos acasalamentos, evitando o quanto possível a consanguinidade. (apesar dos resultados serem mais demorados, considero o melhor método de aperfeiçoamento)
4-) Outcrossing - Cruzamento entre indivíduos não relacionados, ou heterose. A vantagem deste método é a melhoria da rusticidade e fertilidade do plantel, porem não é seletivo para características específicas. Pode dar bom resultado se trabalhar somente com indivíduos de qualidade genética consolidada.

Do meu ponto de vista, na ornitologia, estas são as formas de manejo genético possíveis de serem praticadas em cruzamentos seletivos e judiciosos, visando as vantagens e desvantagens de cada um destes métodos. Mas para isto é indispensável o registro minucioso de todos acasalamentos e anotações sobre os filhotes de cada casal para avaliação constante dos resultados.
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Mensagem por MauricioJr Sex 31 Jul 2015, 01:21


1-)  Inbreeding - Cruzamento entre parentes para fixar características desejáveis de determinados ancestrais.
2-) Closebreeding - Cruzamento fechado, entre pais e filhos e irmãos com irmãos, desaconselhado, porque entre outras coisas diminui a fertilidade e a resistência a doenças. Todavia inicialmente pode produzir indivíduos de bom fenótipo pelo alto grau de homosigoses. 

1) Inbreeding
>In = dentro 
>Breeding = cruzamento 
 > Ou seja, cruzamento entre individuos ( dentro) da mesma familia: EX. Pai x filha , Mae x filho , Irmao x irma.


2) Closebreeding:
>Close = Proximo de;/ perto  > (Ingles e uma lingua danada, e, nesse caso, "Close" significa "proximo/ perto" e nao  "fechado")
>Breeding = cruzamento 
> Ou seja,  cruzamento realizado entre individuos com parentesco proximo; Usado especialmente entre individuos com parentesco proximo, porem, com um grau de parentesco mais distante que no Inbreeding.


Dictionary:
Definition of CLOSE BREEDING:  breeding from closely related individuals —used especially of relationships less close than in inbreeding

>>>>....
Minha opiniao, apesar de nunca ter cruzado irmaos:


Se for usado com responsabilidade e conhecimento pode trazer resultados positivos... "Com responsabilidade e conhecimento"...





...
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Mensagem por José Carlos Pereira Sáb 01 Ago 2015, 12:55

Prezado Gouveia.

É por aí mesmo. Há um exemplo clássico. Convivi, como já disse, por décadas com os pastores alemães. Talvez a criação de animais mais bem controlada. Como um cão símbolo da Alemanha, a Verein für Deutsche Schäferhunde (a SV) controla com mãos de ferro a criação. Para não causar estranheza é bom lembrar que a genética é uma só, as suas regras são universais e, depois das descobertas da figura helicoidal do DNA e a formatação dos genomas de diversas espécies de viventes, sabe-se que somos muito parecidos. Causou espanto quando ficou claro que o genoma humano é muito parecido, por exemplo, com o das drosófilas dos primeiros estudos genéticos. Portanto, o que falo para os cães tem valor para os pássaros, com alguns detalhes como o fato de, entre aves, o sexo ser determinado pela fêmea e não pelo macho como nos mamíferos.

Pois bem, a SV tem 123 anos de idade. Nasceu do sonho de um capitão da cavalaria alemã, von Stephanitz, de criar um cão de trabalho dentro de um padrão que ele já tinha elaborado. E iniciou com um cão chamado Horand v. Grafrath. Claro que de início as consangüinidades foram próximas, muito próximas. Com o evoluir dos anos essas consangüinidades foram se tornando mais longínquas até chegar às quatro linhas básicas da criação pastoreira, Quando e Canto Wienerau, Canto Arminius, Mutz Pelztierfarm e Marko Cellerland. Portanto, evoluíram do inbreeding para o linebreeding. Com o tempo as linhas se limitaram principalmente a dois cães, de mesma mãe com pais diferentes, Uran Wildsteiger Land e Quanto Arminius. Existiam
Existiam outras linhas alternativas, mas preponderavam essas. Hoje, as consangüinidades somente aparecem em gerações bem longínquas. E muitas vezes nem aparecem nos CROs.  Os pastores das linhas de trabalho tiveram uma evolução genética um pouco diferente, mas isso é assunto para mais de metro.

Portanto, o inbreeding foi essencial no estabelecimento da raça, mas, hoje, o mais próximo é proibido pela SV.
Toda essa evolução é muito bem controlada pelos CROs. Não existe no mundo um cão com nome  igual. Isso porque os sufixos são dados pelos nomes dos canis e esses são individualizados mundialmente. Como um dos meus canis registrados era Campo das Caviúnas , por exemplo, um Asso do Campo das Caviúnas era único mundialmente. Poderiam haver n Asso, mas nenhum Campo das Caviúnas. E os dados lançados nos CROs são vigiados com eficiência. Nas criações mais adiantadas, só são lançados com comprovações de paternidade por DNA.
Nenhum cão adulto participa da grande expo anual alemã, a Sieger, sem comprovações e progênies de qualidade.
Como é feito isso? Controle absoluto. A SV tem 21 núcleos estaduais, um deles, é o 21, o Ausland, congregando criadores de fora da Alemanha, e mais de 2000 núcleos municipais. E todos fazem exposições.

Poderia ficar discorrendo sobre a SV por muito tempo porque fui sócio por décadas e ainda adquiro a revista de dezembro com todos os resultados da Sieger. Há sites de busca que, com o nome do cão registrado na SV, eu chego aos dados dos ancestrais de um século atrás. E com todas suas qualificações. E retratos.

Sempre me bati por um controle semelhante da criação de silvestres brasileiros. Conversei, discuti e escrevi muito. Mas nada consegui. Sem esse controle por uma entidade nacional com credibilidade, os dados lançados nos CROs pouco representam porque nem sempre representam a realidade. Tempos desses um amigo pediu que eu fizesse pesquisa sobre o CRO de determinado curió. Pererequei durante meses buscando dados com criadores. De determinados ancestrais cheguei a quatro pais diferentes conforme as fontes (???). Quase a metade dos dados era falsa. Não por culpa dos criadores geralmente, mas, sim, por ser uma transmissão de dados feita por via oral por décadas. Nada anotado. Portanto, falar de inbreeding, linebreeding e que tais ainda é meio utópico no meio da criação de pássaros. Tenho aqui alguns canários-da-terra com algum controle genético por documentos vindo há mais de 35 anos. Foi um criador mineiro, que trabalhava com genética na Embrapa, e que partiu de 3 canários. Essa criação é muito bem documentada. Mas, como trabalho individualizado, já está se perdendo no tempo e logo desaparecerá.

Desculpem o tamanho do texto, mas creio que alguma coisa poderá ser útil. Interesse somente em procurar ajudar e transmitir alguma coisa.
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Mensagem por CRIADOURO GOUVEIA Ter 04 Ago 2015, 22:44

APESAR DE NÃO SER TÃO METICULOSO PARA ISSO , TENHO TODOS OS REGISTROS DE MEU PLANTEL DESDE 2001 ATÉ HOJE , FAÇO QUESTÃO DE DOCUMENTAR TODOS OS ACASALAMENTOS COM SUAS PROLES AFIM DE FACILITAR A MONTAGEM DE CASAIS E O DIRECIONAMENTO DA CRIAÇÃO . DIZER QUE SIGO UMA LINHA DE ACASALAMENTO É MENTIRA , COMO QUASE TODOS CRIADORES ACASALAMOS SEGUINDO DIVERSOS CONCEITOS E ACABAMOS POR USAR TODAS AS POSSIBILIDADES EM CADA CASO UM ACASALAMENTO ESPECÍFICO , RECENTEMENTE ME DEPAREI COM UM EXEMPLAR DILUÍDO DE LIZARD , ACHEI BONITA A DILUIÇÃO , APESAR DE SABER QUE ESTAVA FORA DE PADRÃO RESOLVI FIXAR , DEPOIS DE ALGUNS ANOS OBTIVE UNS 20 EXEMPLARES , TODOS PUROS E ORIUNDOS DE UM ÚNICO CASAL EM QUE O PAI ERA UM PORTADOR DE AGATA E A FILHOTA UMA AGATA NO PRIMEIRO ANO PAI X FILHA , NO SEGUNDO ANO ABRI DOIS CASAIS UM FILHOTE FEMEA COM O MACHO PORTADOR E A FEMEA AGATA COM UM FILHOTE AGATA , PORÉM NOTEI QUE SE PERDIA UM POUCO NO DESENHO DO MESMO , RESOLVI INSERIR SANGUE DE OUTRA LINHAGEM E ATRAVÉS DE PORTADORES EXPANDI OS CASAIS MELHORANDO ASSIM A MARCAÇÃO CARACTERÍSTICA DA RAÇA SEM PERDER A FIXAÇÃO DO FATO DE DILUIÇÃO AGATA . FOI APENAS UM EXEMPLO MAS QUE ILUSTRA BEM AS POSSIBILIDADES DE DE ACASALAR ATRAVÉS DE MAIS DE UMA TÉCNICA ALIADA , SEMPRE FAZENDO CORREÇÕES E MELHORAMENTOS .
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Mensagem por José Carlos Pereira Qua 05 Ago 2015, 12:51

O CRO (pedigree) é uma linguagem universal na criação seletiva de animais. Volto aos pastores porque foi minha praia durante décadas e é criação extremamente organizada e, há anos, os dados lançados nos CROs, na Alemanha, são chancelados pelo DNA de paternidade. E os dados lançados nos documentos não são somente aqueles representados pelos nomes dos animais; nada, nos CROs são lançados uma enormidade de dados sobre títulos, RX, seleções, nível de adestramento, progênies, etc.
Há anos nosso núcleo optou por importar dez cães da Alemanha para melhoramento do plantel. Todas as tratativas, feitas em português, inglês e alemão, foram feitas baseadas em fotos e, principalmente, nos dados dos CROs. E recebemos todos os animais dentro daquilo que havíamos planejado.
Creio que, pelos objetivos que noto nas diretorias da FOB, que daqui a anos toda a criação ligada a ela será norteada por CROs emitidos pela entidade. São documentos que qualificam os animais, dá segurança e norteamento para os criadores, melhoram muito a qualidade da criação como um todo e dão aos compradores a certeza de que não estão comprando gato por lebre do ponto de vista genético.
Imaginem o bom para os criadores planejarem os seus cruzamentos genéticos baseados em dados de muitas gerações anteriores. As probabilidades de se conseguir uma média qualitativa de filhotes seriam muito maiores. E as expôs FOB seriam concorridíssimas e com qualidade muito superior.
Lembro da felicidade dos meus filhos infantes e adolescentes quando, numa ninhada de seis filhotes, conseguíamos levar três a quatro aos troféus. E eles com handlers.
Tenho alguns canários-da-terra com controle genético pelos CROs de oito gerações. Mas é trabalho individual com pouco interesse para a criação como um todo.
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Mensagem por DAVI COUTINHO Qua 05 Ago 2015, 16:41

Boa tarde amigos do Universo dos Canários!

Caros amigos, está questão do pedigree para atestar a pureza genética dos canários é uma questão difícil de se estabelecer no âmbito da canaricultura, da forma como vem sendo praticada ao longo dos anos, visto que, ocorreu uma grande miscigenação entre várias raças de canários para se obter a variedade de cor e porte hoje existente. Do ponto de vista genético, entendo, que quase todos os canários de cor poderiam ser classificados como SRD ou pé duros, que depois de selecionados segundo padrões preestabelecidos foram reconhecidos como canários puros.

Isto só não ocorre com as raças de canário de canto, que não admitem miscigenação, sem que isto modifique sua forma de cantar e fique claro que trata-se de um exemplar híbrido. O canário harzer roller por exemplo tem um padrão rígido de canto, estabelecido e mantido há muitos anos, que detecta a inserção de um indivíduo estranho a raça até dez ou mais gerações. Tanto eu como muitos outros criadores de canários de canto possuem anotações de seus plantéis por várias gerações.

Em matéria de canário de cor e porte até poderia ser feito um trabalho para estabelecer pedigree, mas demandaria um investimento muito grande para mapeamento genético de todas as cores e raças de porte homologadas pela COM. Desta forma todas mutações deveriam ser desenvolvidas separadamente em busca de um novo padrão genético, ou descartados como indivíduos fora do padrão da raça.
Como o julgamento dos exemplares baseiam-se apenas em fenótipo (qualidade da cor e porte) qualquer hibridação que venha a melhorar estes quesitos de julgamento será considerado positivo, independente de melhoria genética comprovada. 

Um exemplo disto é o rumo que vinha tomando o tamanho dos Gloster, que sendo uma raça originalmente miniatura estava apresentando exemplares do mesmo tamanho do canário de cor, porque o pessoal estava misturando o gloster com crested para aumentar a cabeça, mas acabava aumentando tudo. Até que em 2007, um juiz de canário porte, o General José Luiz de Castro de Silva mandou passar a régua em todos os canários que estavam no campeonato e consequentemente a maioria foi desclassificada por estarem fora do padrão da raça. Foi uma gritaria geral, mas a partir daí todos criadores trataram de retornar ao padrão original. 

A mesma coisa acontece hoje com os canários "verdes", os juizes foram valorizando sempre a marcação e as estrias negras no manto do canário, progressivamente elas foram ficando mais largas e produziram um canário mais negro do que verde, o canário verde do passado praticamente desapareceu. O mesmo ocorre com o amarelo, que em vez de trabalharem a seleção genética em busca de uma cor amarela de qualidade passaram a dar luteína aos canários e todos ficaram amarelinhos sem muito esforço. 

É possível encontrar um canário bem pontuado no brasileirão que seja portador de pastel, cobalto, marfim etc. Então você compra um canário desses e começam a nascer as cores mais estranhas na mesma ninhada, isto é, nestes casos quem compra um canário numa exposição tem dificuldade até de prever a cor dos filhotes que nascerão do seu acasalamento.
Então a minha dúvida é; como podemos estabelecer pedigree para o canário num ambiente destes?  
DAVI COUTINHO
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