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OS CANÁRIOS FEOS - II

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Mensagem por MARTÍN Qui 25 Dez 2014, 13:10

OS CANÁRIOS FEOS - II


Fonte: Daniel Hurtel ; Tradução Arnaldo Silva Araújo Revista União 1998

A mutação que deu origem aos FEOS surgiu em 1964 na criação de um canaricultor belga, Sr. Jean Pierre Ceuppens, de uma linhagem de CANELAS VERMELHOS, e posteriormente na prole de um casal de ISABELINOS AMARELOS. Progressivamente, este criador, seguido por outros aficionados belgas, introduziu a mutação em pássaros com cor de fundo branca e nos outros tipos melânicos clássicos. Originalmente esses pássaros eram muito diluídos, e o que atraiu os criadores foi a novidade e a presença dos olhos vermelhos. Nós conhecemos, então a mutação INO, que foi em seguida introduzida nos canários lipocrômicos, especialmente pelo famoso criador francês, Sr. Ascheri. Apenas alguns anos maiôs tarde esses mutantes atingiram o padrão dos pássaros atualmente denominados FEOS, que são por essência o resultado da associação CANELA. Pouco a pouco, conseguiu-se desenvolver o escurecimento da tonalidade marrom de seu desenho, aliado a uma bela escamação, traduzindo-se nos pássaros espetaculares que hoje conhecemos. Esse trabalho foi feito sobretudo por criadores belgas e franceses. Na França, há uma longa tradição na criação de FEOS, e foi com exemplares desta cor que nosso país obteve a maioria das medalhas nos Campeonatos Mundiais em que participamos.

A mutação INO introduzida no tipo melânico CANELA provoca o desaparecimento completo da eumelanina marrom, dando origem aos olhos vermelhos, mas deixa intocada a feomelanina. A tonalidade desta será medida por sua intensidade e pela pureza de origem (intensidade fraca se misturada com a eumelanina). HEREDITARIEDADE A mutação INO é recessiva autossômica:

INO X INO = 100% DE INOS.
INO X CLÁSSICOS = 100% DE CLÁSSICOS portadores de INO.
INO X portador de INO = 50% de INOS e 50% de portadores de INO.

Portador de INO x portador de INO = 25% de INOS, 50% de portadores de INO e 25% de CLÁSSICOS PADRÃO O Padrão das fêmeas, na França, é o mesmo que o padrão oficial da C.O.M. Vamos relembra-lo porque todo criador deve conhece-lo muito bem.
"Os FEOS não apresentam eumelanina negra, mas apenas a melanina marrom (feomelanina) em sua tonalidade máxima e sob a forma de desenho escamado. Este desenho deve apresentar excelente contraste: eixo das penas branco (sem melanina) com a borda marrom escuro. A escamação deve estar presente sobre a cabeça, sob a forma de pequenas estrias "limpas", depois repartida regularmente sobre todo o dorso, nas espáduas e nos flancos. As remiges e retrizes devem apresentar bordas de tonalidade marrom bem escuro. A melanina marrom deve manifestar-se em todo o corpo do pássaro, desde sobre o bico até o uropígio. O bico, as patas e as unhas são unicolores e claros. Os olhos são vermelhos".

Na França os juizes sempre julgaram e apreciaram os machos, atribuindo-lhes freqüentemente títulos de campeões. É por este motivo que a criação de FEOS progrediu tanto em nosso país, porque os melhores machos de concurso são também os melhores reprodutores. Depois de três anos, foi elaborado um padrão para os machos, que será apresentado para aprovação da C.O.M.. Este padrão é o seguinte:

"Como nas fêmeas, a melanina marrom deverá manifestar-se em sua tonalidade máxima e o desenho deverá ser bem escamado. O tipo da escamação será semelhante ao observado nas fêmeas. A envoltura do exemplar deverá ser diferente da verificada nas fêmeas, de forma a marcar sua característica de macho. Sobre a cabeça, a melanina deverá aproximar-se do bico sem toca-lo. Portanto, na face deverá exprimir-se constituindo uma "máscara" luminosa, na qual se poderá perceber leve presença melânica. A partir do contorno da "máscara" facial, o desenho melânico partirá em sua tonalidade máxima. A nuca e as bochechas será bem marcadas (escamas melânicas). Os lados do peito também será bem marcados, mas em seu centro o lipocromo deverá aparecer levemente, através de uma névoa melânica regularmente repartida".

PRINCIPAIS DEFEITOS RELACIONADOS NO PADRÃO


Deficiência da tonalidade marrom: feomelanina de intensidade muito fraca ou misturada em sua origem com a eumelanina marrom, que ao desaparecer por causa da mutação INO, faz com que nos enganamos quanto à verdadeira tonalidade do marrom.
-Má escamação: estrias dorsais muito largas e que se misturam umas com as outras. Desta forma, elas serão também menos numerosas do que o recomendado no padrão.
-Falta de desenho na cabeça ou nos flancos: é semelhante à falta de estrias eumelânicas sobre a testa e os flancos dos portadores, que se reproduz nos FEOS.
-Falta de contraste: pode ser provocada pela feomelanina muito diluída no lipocromo por uma má escolha dos reprodutores portadores de FEO. Também pode ser originada nos machos muito feminilizados ou sem fator ótico. O bom macho para reprodução corresponde ao que foi descrito anteriormente para um bom macho de concurso.
-Fronte clara ou diluição facial: é a ausência ou diluição da feomelanina na zona frontal da cabeça. Nos portadores se manifesta numa fronte de cor acinzentada.
-Mau desenho das espáduas: se a plumagem é muito larga, as penas de cobertura do dorso caem e recobrem as espáduas, ocultando a parte mais espetacular do desenho.

ESCOLHA DOS REPRODUTORES E ACASALAMENTOS


Empregue exclusivamente exemplares com cor de fundo BRANCO DOMINANTE, porque eu jamais vi um FEO ALBINO RECESSIVO tão marrom quanto o desejável. Não use muita verdura ou outro tipo de alimentação que possa provocar o aumento das incrustações amarelas nas remiges.

As fêmeas portadoras deverão ser muito marrons, com estrias finas e entrecobertas, apresentando assim um aspecto "apastelado".

Os machos puros ou portadores utilizados por mim são sempre os irmãos das melhores fêmeas. Eles não deverão ser muito marrons no peito, porque isso acarretaria estrias muito largas e tendência à plumagem excessivamente longa.

Devemos acasalar sistematicamente pássaros de fundo amarelo, e puros com portadores. Isso permite conservar a melhor tonalidade de feomelanina, com coloração "avermelhada". Na criação de exemplares com lipocromo amarelo, com uma rigorosa seleção pode-se obter a mesma qualidade de melanina presente nos de fundo branco. Somente conseguiremos eliminar os exemplares com lipocromo amarelo, com uma rigorosa seleção podendo assim obter a mesma qualidade de melanina presente nos de fundo branco.

Assim conseguiremos eliminar os exemplares com lipocromo dourado.

Nos marfins, devemos evitar o acasalamento de dois exemplares puros (marfins).Através da seleção da intensidade do lipocromo, com uma feomelanina muito escura, você poderá obter exemplares de alto padrão.
A qualidade da plumagem nos FEOS é muito difícil de se obter, e portanto é necessário uma rigorosa seleção quanto a este fator.
A maioria dessas regras se aplica também na criação de FEOS mosaicos, vermelhos ou amarelos.

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