Doenças ( BICO, PENAS, ASPERGILOSE, MEGABACTERIOSE, CANDIDÍASE, PEITO SECO).

Doença do Bico e das Penas

-Descoberta em 1975 na Austrália;
-Psittaciformes da Ásia, África e Oceania são mais susceptíveis à doença (Bassami et al, 2001);
-Psittaciformes das Américas Central e do Sul são mais resistentes (Bassami et al, 2001).


Transmissão


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Diagnóstico

-Exame clínico;
-Necroscópico e histopatologia;
-PCR.
-Diagnóstico diferencial: auto mutilação e Poliomavírus aviário.

Exame clínico

-Distrofia, perda, coloração anormal e fratura das penas;
-Folículos das penas hemorrágicos;
-Deformidades do bico, com crescimento irregular e fraturas;
-Agapornis (Agapornis fischeri)

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Periquito australiano (Melopsittacus undulatus)

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Pionus (Pionus maximiliani)

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Consequências da doença

- Imunossupressão;
- Morte de indivíduos recém-eclodidos;
- Doenças oportunistas;
- Indivíduo portador;
- Perdas econômicas;
- Morte.

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DOENÇAS FÚNGICAS

-ASPERGILOSE
-MEGABACTERIOSE
-CANDIDÍASE

Aspergilose

-Aspergilose: doença respiratória frequente em aves;
-Fungos: A. fumigatus, A. flavus e A. niger (Bauck, 1994);

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Transmissão

-Inalação ou ingestão de esporos;
-Ingestão de água e alimentos contaminados

Fatores intervenientes

-estresse;
-imunodepressão;
-ambiente favorável para crescimento de fungos (umidade, pouca incidência solar direta);
-desnutrição;
-dieta com grãos e sementes;
-outras infecções e parasitoses concomitantes.

Dieta com grãos e sementes

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Diagnóstico

- Exame clínico;
- Visualização em microscopia óptica de hifas;
- Necroscópico e histopatologia;
- Cultivo em ágar Sabouraud ou Mycosel;
- Radiográfico;

Exame clínico

- micélios na cavidade oral e narinas;
- dispnéia;
- estertores pulmonares à auscultação;
- vocalização anormal

Radiografia- Pulmão com radiopacidade aumentada.

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Tratamento
- Terapia com fluconazol ou itraconazol oral
(Hines et al., 1990) por 40-60 dias;
- Nebulização com itraconazol;
- Retirada de sementes da dieta e uso de
ração;
- Boa drenagem e secagem, renovação de ar
e com insolação parcial, mantido com
higiene e limpeza diárias.



Megabacteriose

Doença infecciosa causada pela levedura Macrorhabdus ornithogaster;
A infecção tem sido descrita em várias espécies de aves (Martins et al. 2006), canários (Van Herck et al. 1984,
Werther et al. 2000), psitacídeos (Costa et al., 2008) e emas (Segabinazi et al. 2004).

Diagnóstico

- Exame clínico;

- perda do apetite;
- regurgitação do alimento;
- penas da região cloacal com fezes aderidas;
- diarréia.
- Visualização em microscopia óptica da levedura;
- Necropsia e histopatologia;
- PCR.

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Visualização em microscopia óptica

Necropsia e histopatologia

- caquexia;
- impactação gástrica;
- úlceras na mucosa da moela e/ou proventrículo;

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Candidíase

-Candida albicans (faz parte da flora entérica normal das aves, porém em pequenas quantidades);
-Desequilíbrio populacional dessas leveduras leva ao aparecimento da doença no sistema digestivo;
-Pode se tornar sistêmica (olhos, trato respiratório superior, etc.)

Fatores intervenientes

- Candida sp. pode ser agente primário em filhotes ou oportunista em aves imunossuprimidas.
- Qualquer desequilíbrio da flora digestiva pelo uso incorreto de antibióticos pode resultar na proliferação de fungos.
- Infecção por vírus ou bactérias ou lesões acarretadas por hipovitaminose A (Ortiz et al., 2007) podem facilitar a invasão do trato gastrintestinal por leveduras.

Diagnóstico

- Exame clínico;
- Visualização em microscopia óptica das leveduras;
- Necropsia e histopatologia;
- Cultivo em ágar Sabouraud ou Mycosel.

Exame clínico nos filhotes

- Acúmulo de gás no inglúvio, decorrente de fermentação;
- aumento do tempo de esvaziamento do inglúvio;
- impactação.

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Placas pseudomembranosas na cavidade oral

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Visualização em microscopia óptica da levedura

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Necropsia

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Coccidioses

Em aves de cativeiro, as coccidioses representam uma constante ameaça, com grande impacto por alta morbidade e mortalidade.
Gêneros Eimeria spp. e Isospora spp. estão as principais espécies responsáveis pelas coccidioses em aves (Greiner e Ritchie, 1994).

Transmissão

- aves de vida livre portadoras;
- ingestão de alimentos e água contaminados;
- contato direto com as excretas de aves infectadas;
- locais de concentração de aves, como viveiros superlotados, feiras e campeonatos.

Diagnóstico

- Exame clínico;
- Visualização em microscopia óptica de oocistos esporulados e/ou não esporulados nas fezes;
- Necropsia e histopatologia;
- Exames coproparasitológicos.

Exame clínico

- Redução da massa muscular peitoral;
- penas pericloacais sujas de excretas;
- diarréia amarelada, com estrias de sangue ou escura (sangue digerido).

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Diarréia amarelada

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Visualização em microscopia óptica de oocistos esporulados e/ou não esporulados nas fezes

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Visualização em microscopia óptica de oocistos esporulados e/ou não esporulados nas fezes

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Alça intestinal de ave com coccidiose X Alça intestinal de ave normal

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Tratamento

- Coccidiostáticos (por exemplo amprólio) ou coccidicidas (por exemplo toltrazuril), acompanhados por exames de fezes antes e depois da medicação, para analisar a eficácia dos mesmos.
- Sulfa trimetropim não deve ser usada.

Prevenção e controle

- Realização de exames de fezes a cada 6 meses;
- Desinfecção e limpeza diárias do ambiente e gaiolas;
- Quarentena de aves novas no plantel, ou daquelas que tenham participado de campeonatos;
- Isolamento de aves infectadas;
- Uso de gaiolas com grades de separação da bandeja, evitando assim o contato da ave com as excretas.



FONTE: Dr. Daniel A.R. Vilela

Boa noite amigos do Universo dos canários!

Bela matéria Martin. Muita informação técnica focada nos psitacídeos. Todavia muitos desses patógenos infectam também canários e demais pássaros domésticos.
A melhor forma de evitar problemas com estas doenças é a prevenção. Depois de instaladas a coisa fica feia.

Abraço;
Davi.

Olá amigos, estou começando com periquitos ingleses e me deu um problema com dois casais, seus filhotes perderam as penas dos rabos e voadeiras e até alguns ficaram apenas com penugens, pelos comentários que me fizeram amigos poderia ser fungos e três quando cairam as penas veio uns pontinhos pretos nas asas então os matei, nos outros após cairem as penas das voadeiras e rabo vejo que estão crescendo penas novamente.
A principio tinha colocado frontline, e após isso me indicaram a nistatina e fluconazol, dei dois banhos com nistatinha e hoje coloquei na água de beber e o fluconazol não usei ainda.
Os amigos poderiam me dizer se tem cura esse problema de fungos em penas, devo descartar essas aves. Um macho e uma fêmea já havia criados com outros pares sem problema algum, acrescentei dois jovens de primeira cria, sem problemas na familia pois são crias minhas e suas familia tenho toda.
Se puderem me ajudar agradeço.

Parece ser muda francesa.

Boa tarde meus amigos do UDC !

Ricardo Ronsini, desculpe minha ignorância no assunto, mas, me oriente melhor o que é muda francesa? Não sei se é por causa da minha região, porém nunca tinha ouvido falar sobre tal assunto. 
Desde já, te agradeço.

Boa tarde Érico.

Muda francesa é uma doença causada por um vírus do tipo polyoma que faz com que as rêmiges e rectrizes (penas das asas e da cauda) caiam, em alguns casos as tetrizes (penas do corpo) também, geralmente as penas voltam a crescer depois de um tempo, mas nem sempre, esse vírus afeta principalmente os psitacídeos (aves de bico torto), e parece ser bem comum nos periquitos australianos, geralmente permanece sob controle nos adultos infectados, e se manifesta nos filhotes assim que eles empenam.

Ricardo Ronsini, mais uma vez muito obrigado por sua atenção, que foi bastante esclarecedora. Valeu... !

Obrigado pelas explicações amigos, estou todo dia dando banho de nistatina nos filhotes, mas todos estão ganhando penas novas nas asas e cauda e além do banho coloquei o fluconazol na água de beber, a muda francesa nasce penas novas depois de cair as primeiras.