EXTINÇÃO DE TRÊS AVES ENDÊMICAS DO NORDESTE

Boa noite pessoal.

     INFELIZMENTE Ornitólogos documentam a extinção de três aves endêmicas do Nordeste. Uma coruja e duas espécies da ordem dos Passeriformes.
     As aves são:
     1) Glaucidium mooreorum (caburé-de-Pernambuco) - Uma coruja de aproximadamente 14 cm. Não é vista a mais de 12 anos.
     2) Cichlocolaptes mazarbarnetti (gritador-do-nordeste) - Este Passeriforme de aproximadamente 20 cm não é visto a mais de 7 anos.
     3) Philydor novaesi (limpa-folha-do-nordeste) -  Este Passeriforme de aproximadamente 20 cm não é visto a mais de 3 anos. 

     Estas aves eram encontradas na mata atlântica ao norte do rio São Francisco que corta os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e o Rio Grande do Norte.
     Essas são as primeiras aves endêmicas brasileiras cuja extinção é registrada em tempos modernos, desde que a pesquisa nessa área se estabeleceu no país.
     As últimas aves extintas no Brasil não eram endêmicas:  o maçarico-esquimó (Numenius borealis), ave migratória originária da América do Norte que passava pelo Brasil até os anos 1940, e a arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus), que era encontrada na Argentina, Uruguai, Paraguai e Sul do Brasil até o final do século XIX.
     A única saída para evitar mais extinções de aves é proteger os remanescentes de mata atlântica e, talvez, tentar reproduzir em cativeiro algumas das espécies em estado mais críticos para que elas possam retornar à natureza quando os seus hábitats estiverem restaurados, dizem os pesquisadores. Caso contrário, as outras 13 espécies ameaçadas de extinção do Centro Pernambuco de Endemismo, como o mutum-do-nordeste (Pauxi mitu) e choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi), podem engrossar a lista negra dos desaparecidos, que agora inclui a corujinha e dois passarinhos.

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 Cichlocolaptes mazarbarnetti (gritador-do-nordeste)



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 Glaucidium mooreorum (caburé-de-Pernambuco)